7 dicas para lidar com o FOMO e repensar a sua relação com o celular
O medo de ficar de fora é real e, se não cuidado, pode se transformar em ansiedade, baixa autoestima, insônia e sensação de insuficiência

medo de ficar de fora, ou o FOMO (fear of missing out, em inglês), é um sentimento cada vez mais comum entre a nossa galera que, instigada pelas redes sociais, sente uma necessidade intensa de estar por dentro e de se sentir pertencente. Pode parecer algo bobo, mas não é: Com o tempo, o FOMO pode se transformar em ansiedade, baixa autoestima, insônia e sensação de insuficiência.
Antes de entendermos como evitar e lidar com o FOMO, é importante saber que ele nasce da comparação social e da insegurança – sentimentos que também são muito intensificados pelas redes sociais – e buscar ajuda especializada para lidar com essas sensações, em especial se te causam sofrimento emocional.
Em entrevista à CAPRICHO, Luciana Inocêncio, psicóloga especialista em crianças e de adolescentes, explica que o primeiro passo para falar sobre FOMO é reconhecer qual sua origem e entender se o desejo de estar presente, engajado e conectado vem da pessoa ou pelo simples medo de não estar integrado.
Perguntas como “o que realmente me move?”, “estou me conectando por desejo, ou por obrigação?”, são, para a especialista, um bom ponto de partida para entender o sentimento.
Este movimento de trocar o foco do outro para você, seus desejos e expectativas, segundo a psicóloga, pode diminuir o efeito do FOMO gradativamente. “Quando conseguimos diferenciar isso, o que é desejo nosso legítimo e o que vem de fora, imposto pelas expectativas sociais, ficamos menos reféns da necessidade de estar sempre atualizados ou visíveis”, afirma a especialista.
O processo não é imediato e pode ser complexo na medida que cuidar do FOMO é sinônimo de cuidar de você e de se conhecer, de dentro para fora. Por outro lado, a psicóloga explica que é possível implementar algumas atitudes no seu cotidiano que podem minimizar os efeitos do FOMO, além de te proteger. Listamos abaixo 7 ações para você começar a transformar a sua relação com o FOMO:
- Estar mais presente nas relações reais e priorizar contatos pessoais;
- Investir em momentos de pausa e offline;
- Repensar o tempo que você gasta conectado e estabelecer limites para estar online;
- Ter um lembrete constante de que a vida exposta nas redes é um recorte da vida real e não a representação de uma vida perfeita;
- Analisar quais são os gatilhos do FOMO – trends, ambientes de socialização, publicações de certos influenciadores ou personalidade, e por aí vai;
- Quando houver um gatilho, se manter fora das redes para evitar o sentimento ou tentar não acompanhar diariamente a conta que pode trazer o FOMO de forma mais acentuada;
- Entender o que o FOMO pode estar querendo dizer: Pode representar sensação de não pertencimento, dificuldade de lidar com os seus próprios sentimentos e até necessidade de validação externa.
É importante lembrar que os benefícios por se manter mais distante das redes sociais e controlar o tempo online vai muito além da melhora da FOMO. Aqui na CAPRICHO, por exemplo, já mostramos como a sua saúde mental é negativamente impactada pelo consumo excessivo das redes e até listamos o que você pode fazer para evitar pegar o celular logo quando acorda.
Esse tipo de alerta não é uma tentativa de te tirar das redes, até porque elas também são um ótimo avanço da sociedade e que nos proporciona experiências únicas. Mas não dá para ignorar o lado negativo e é por isso que limitar o seu tempo online e promover mais contato com as pessoas reais ao seu redor é tão importante.
E você, já tentou alguma dessas ações para lidar com o FOMO?