5 motivos para admirar a jogadora Megan Rapinoe dentro e fora dos gramados
Artilheira dessa Copa do Mundo Feminina também marcou vários gols na luta contra a desigualdade e o preconceito.
Se você acompanhou um pouco dessa Copa do Mundo de Futebol Feminino, já deve ter visto algumas notícias sobre Megan Rapinoe, jogadora e capitã da Seleção dos Estados Unidos. O que nem todo mundo sabe, por outro lado, é que apesar de ter levado o troféu de primeiro lugar e artilheira para casa, a atleta também tem grandes conquistas para se orgulhar fora de campo – e a CAPRICHO separou algumas delas!
1. Megan Rapinoe é ativista da causa LGBTQ+
Megan é assumidamente homossexual, casada com a atleta Sue Bird, estrela do time de basquete dos Estados Unidos, desde 2016. Ao contrário de muitos jogadores, ela acredita que a importância da representatividade e da política precisa, sim, se manifestar no esporte – e essa é uma bandeira que ela sempre costuma levantar.
Em 2013, Megan recebeu um prêmio do Centro de Gays e Lésbicas de Los Angeles por assumir sua orientação sexual publicamente, sendo uma atleta de alto desempenho. Em 2015, teve seu nome incluído no Hall da Fama Nacional de Gays e Lésbicas no Esporte.
2. Luta por mais igualdade de gênero no futebol dos Estados Unidos
Megan é embaixadora da Athlete Ally, uma entidade que procura lutar por igualdade de acesso aos esportes, independentemente de gênero ou orientação sexual. Além disso, a atleta também critica a falta de valorização e patrocínio do futebol feminino e a desigualdade salarial entre homens e mulheres esportistas nos Estados Unidos.
“Eu realmente não entendo por que existe uma resistência em investir nas mulheres”Já está muito claro que as mulheres no esporte não foram tratadas com o mesmo cuidado ou com os mesmos recursos financeiros que os esportes masculinos têm. Ninguém consegue ter um negócio lucrativo sem investir nele. O futebol feminino já provou que vale a pena”, respondeu quando foi questionada sobre o que seria da modalidade depois da Copa.
3. Foi uma das responsáveis por fundar uma marca de roupas sem gênero
Junto com as colegas de time Tobin Heath, Christen Press e Meghan Klingenberg, a atleta fundou a marca Re-inc para criar e vender roupas sem gênero. Ela foi criada para “repensar o status quo, olhando para a equidade, criatividade, progresso e arte”. Como diz a própria descrição no site da marca, são roupas que não possuem um jeito certo de usar, com identidade única. Confira uma prévia:
https://www.instagram.com/p/ByVfx4Zh661/
4. Criticou a organização que colocou três finais de campeonato no mesmo dia
Em uma coletiva de imprensa, Megan não poupou palavras na hora de criticar a péssima organização que resultou em três grandes finais de campeonatos importantes acontecendo no mesmo dia: final da Concacaf (EUA x México), final da Copa América (Brasil x Peru) e final da Copa do Mundo (Estados Unidos x Holanda).
“Péssima ideia colocar tudo ao mesmo tempo. Essa é a final da Copa do Mundo, cancelem todo o resto. Não dá para entender como isso aconteceu. Ouvi dizer que eles não pensaram sobre isso. Sério? Merecemos respeito”, disse.
5. Não tem medo de se posicionar politicamente em um evento assistido pelo mundo todo
Durante todas as partidas da Seleção dos Estados Unidos, Megan não colocou a mão no peito e se manteve em silêncio quando o hino nacional do país tocava. Questionada sobre a atitude, Megan mostrou que era um protesto contra o atual governo norte-americano. “Como uma homossexual americana, sei o que significa olhar para a bandeira e não sentir que ela protege as suas liberdades”, comentou, em entrevista à AP.
Foi assim que a jogadora também entrou em uma discussão com Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. Ela disse que, se a equipe fosse a campeã, não visitaria a Casa Branca e aconselharia as colegas a fazer a mesma coisa. No Twitter, Trump respondeu dizendo que Megan deveria ganhar a Copa antes de falar isso… E ela ganhou. Aliás, saiu não apenas com o troféu de campeã, como também o de artilheira do torneio.
Que inspiração, dentro e fora de campo. Go, Megan!