5 livros para entender melhor as violências sofridas pelas mulheres

Uma seleção de obras que escancaram diferentes formas de violência contra mulheres e ajudam a entender suas raízes, impactos e urgências sociais

Por Juliana Morales 11 dez 2025, 17h16

No último fim de semana, milhares de meninas e mulheres se uniram em marchas para pedir pelo fim da violência contra a mulher, após uma onda de feminicídios abalar todo o país. Os casos, infelizmente, estão longe de serem pontuais. Em 2025, o Brasil já registrou mais de 1.180 feminicídios, batendo um recorde na série histórica, desde 2015, quando a Lei do Feminicídio entrou em vigor.

O debate sobre sobre agressões, desigualdade de gênero e os desafios vividos por mulheres todos os dias precisa continuar, e de uma maneira mais aprofundada. A leitura pode ser um caminho interessante para isso. Aqui estão cinco sugestões de obras sobre o tema!

1. Precisamos falar de consentimento: Uma conversa descomplicada sobre violência sexual além do sim e do não

Sagrillo Scarpati Arielle, Beatriz Accioly Lins e Silvia Chakian se unem neste livro para trazer uma abordagem aprofundada sobre consentimento, com referências dos campos da psicologia, do direito, da literatura especializada, além de uma série de exemplos de casos conhecidos e situações que atingem cotidianamente meninas e mulheres. Tudo isso de uma maneira descomplicada para que o tema possa ser discutido na escola, com a família ou entre amigas. 

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2. As Estruturas elementares da violência 

Na obra, a antropóloga Rita Segato ultrapassa as análises superficiais que tentam explicar atos violentos como desvio individual ou patologia. Ela vai além e analisa a lógica da violência de gênero como parte integrante das engrenagens simbólicas que sustentam as relações de poder na sociedade. Para isso, ela usa o entendimento do estupro como “mandato”: um mecanismo estruturante do patriarcado que opera para reafirmar o controle sobre os corpos femininos.

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3. Sobrevivi… Posso Contar

A história de Maria da Penha significa mais do que um caso isolado. Por meio dela, a ativista contribuiu pelos direitos das mulheres e contra a impunidade em relação à violência doméstica e violência familiar contra as mulheres no Brasil. 

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4. Agressão: A escalada da violência doméstica no Brasil

A jornalista Ana Paula Araújo ouviu vítimas, agressores, familiares, profissionais da saúde e representantes do sistema judiciário para responder perguntas necessárias diante da realidade enfrentada por milhares de brasileiras: por que tantas mulheres ainda são agredidas dentro de suas próprias casas? Por que o Brasil, mesmo com leis avançadas, continua entre os países com mais casos de violência doméstica e feminicídio? Por que tantas vítimas ainda têm medo ou vergonha de denunciar seus agressores?

5. A vida nunca mais será a mesma: Cultura da violência e estupro no Brasil

Trazendo sua própria experiência, Adriana Negreiros discute a cultura da violência e o estupro no Brasil, um dos países com maior taxa de feminicídios do mundo, em suas mais variadas formas e expressões. A jornalista chama a atenção o fato de que a agressão contra a mulher não se dá apenas no espaço público. Afinal, os lares podem ser ambientes igualmente opressores, apartados da interferência do Estado.

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*Preços consultados em 12 de dezembro de 2025. Sujeitos a alterações. As compras feitas através destes links podem render algum tipo de remuneração para a Editora Abril.

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