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5 conquistas negras em 2019 para ter mais esperança no próximo ano

Das universidades aos palcos, nossa colunista Ana Carolina traz uma lista cheia de representatividade.

Por Ana Carolina Pinheiro Atualizado em 31 out 2024, 00h58 - Publicado em 21 dez 2019, 10h02

Chega o final do ano, a galera já tá surtando e implorando a chegada de um novo ciclo com boas energias e realizações. Afinal, nossa energia foi sugada por estudos, família, crush e outras tours pessoais, né?

No mundo, as coisas também não fluíram tão bem quanto muitos imaginavam… Governos com políticas conservadoras deixaram ainda mais escassos direitos básicos, como investimento em educação, acesso à saúde, garantia de segurança pública, além do desrespeito com grupos oprimidos: mulheres, indígenas, LGBTQI+ e negros.

Tim Robberts/Getty Images

Realmente não foi e não está sendo fácil, mas fazer o exercício de olhar para as nossas conquistas também é importante. Na verdade, é necessário. Por isso, separei 5 conquistas de garotas e mulheres negras em 2019 para lembrarmos que, mesmo com as dificuldades, ainda temos um norte para seguir.

Do mesmo jeito que me abasteci de esperança escrevendo essa matéria – e olha que andava bem desacreditada de muita coisa, viu? – espero que você sinta a mesma coisa lendo! 🙂

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1. No poder
Neste ano, a Assembleia Legislativa de São Paulo recebeu a sua primeira mulher transexual negra como deputada estadual. Erica Malunguinho, do PSOL, é formada em estética e história da arte pela Universidade de São Paulo (USP). Além disso, ela é fundadora do quilombo urbano Aparelha Luzia, um lugar que rolam vários encontros para celebrar a cultura negra. Vale a pena a visitar!

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Nós, mulheres trans e travestis, que estamos (re)construindo as narrativas da Assembleia Legislativa de São Paulo, ao criticamente revisitarmos os discursos e práticas naturalizados em sociedade, tendo como propósito intervir nestas condições desumanizadas, construímos possibilidades outras de realidades. Contra a desumanização, lançamos novos projetos de mundo. @hilton_erika , @ericamalunguinho e @afrotranscendente durante entrevista coletiva de posicionamento da Mandata Quilombo contra manifestação transfóbica do deputado Douglas Garcia (PSL) Também participaram do evento vários parlamentares da Alesp, como Monica Seixas (da Bancada ativista), Leci Brandão, Isa Penna, Professora Bebel, Teonilio Barba, José Américo, Carlos Gianazzi Fotos: comunicação Alesp #alesp #vidastransimportam #reintegracaodeposse #alternanciadepoder #mandataquilombo

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2. Na bancada
Com experiência de repórter de rua, apresentadora da previsão do tempo e integrante do time de âncoras do Jornal Nacional e do Jornal Hoje, Maju Coutinho conquistou seu posto fixo na bancada do JH em setembro deste ano. A fofa da Maria Alice, de 2 anos, protagonizou um momento que resume a importância de ter pessoas negras ocupando todos os lugares. A pequena se reconheceu ao ver Maju, primeira apresentadora negra do jornal, na TV.

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Fofura, Fofura, Fofura. No Encontro com @fatimabernardes, o encontro entre Maria Alice e Maria Júlia @mariaalicemaju Obrigada a todos os envolvidos.

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3. No mundo e universo
A lógica de competição por trás dos concursos de beleza reforça a disputa feminina, que lutamos diariamente para acabar em todos os níveis. Afinal, esses eventos costumam reforçar um padrão de beleza eurocêntrico, ou seja, pele branca, cabelo liso e longo e corpo magro. Mas, se esse formato de competição ainda existe, espero que as vencedoras sejam mulheres que subvertam esse modelo. Por isso, ter mulheres negras eleita no Miss Teen USA (Kaliegh Garris), Miss América (Nia Imani), Miss USA (Cheslie Kryst), Miss Universo (Zozibini Tunzi) e Miss World (Toni-Ann Singh) pode, sim, ser comemorado por nós!

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4. Na universidade
Essa conquista só vai entrar em vigor a partir de março de 2020, mas, como o anúncio foi neste ano, ela entrou para a nossa lista. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) terá pela primeira vez na história um curso de pós-graduação sobre autores e autoras negros brasileiros. Ou seja, os alunos vão poder mergulhar nas obras de ícones como Conceição Evaristo, Lima Barreto, Cruz e Sousa e Ana Maria Gonçalves.

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CIEP 175 – VILAR DOS TELES BIBLIOTECA CONCEIÇÃO EVARISTO

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5. No palco
Assim como a versão live-action de A Pequena Sereia, a apresentação de ballet O Quebra Nozes, do coreógrafo George Balanchine, em Nova Iorque, contar com uma bailarina negra como protagonista pela primeira vez. Charlotte Nebres tem 11 anos e vive a personagem Marie. Ao The New York Times, Charlotte comentou: “É incrível não apenas representar a School of American Ballet, mas também representar todas as nossas culturas. Pode haver uma criança na plateia assistindo e pensando ‘Ei, eu também posso fazer isso’”.

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The students currently performing in @nycballet's beloved production of George Balanchine’s The Nutcracker® are a beautiful reflection of the growing diversity of SAB. You can play a part in the training of these talented dancers by making a gift for our year-end campaign. All donations made by December 31 will be doubled thanks to the generosity of SAB Board Member Carolyn Wright-Lewis and Edward Lewis! Click the link in our bio to donate! ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 📷: Erin Baiano⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ #Nutcracker #SchoolofAmericanBallet #NYCB #ballet #dance #diversitymatters

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Que em 2020 tenhamos mais espaço para viver, crescer e conquistar tudo o que desejamos.

Beijos,
@anacarolipa

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