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Gif animado com um lettering da Galera Capricho 2024, nas cores verde, azul e preto. O fundo muda de cor
https://capricho.abril.com.br/noticias-sobre/galera-capricho Galera CAPRICHO
Espaço de troca de conhecimento da Galera CAPRiCHO. Um grupo de jovens engajados de 13 a 18 anos que chamamos de leitores-colaboradores e que participam ativamente da vida da redação.
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Nós, jovens, precisamos normalizar e aprender a dizer ‘não’

Impor limites é uma grande questão durante a adolescência e nós precisamos olhar para isso

Por Bianca Ramos 24 out 2024, 13h17
Q

uantas vezes deixamos de fazer algo de nossa vontade, aceitamos tratamentos que não deveríamos ou até mesmo deixamos de opinar para agradar alguém? Esse é um comportamento comum na maioria das pessoas, mas precisamos mudar isso e respeitar nossa individualidade.

Oi, gente! Aqui é a Bianca da Galera CAPRICHO, e hoje trouxe um assunto que causa muito conflito na nossa adolescência, que é a imposição de limites pessoais! Nesse período, estamos descobrindo coisas sobre nós mesmos e a nossa relação com a sociedade, e muitas vezes deixamos nossa personalidade e vontades pessoais de lado para nos sentirmos pertencentes. Porém, o resultado de sermos oprimidos, a longo prazo, não é nada legal!

 

Por que dizer “não” é uma tarefa tão difícil para nós?

Afinal, quando começamos a achar tão desconfortável nos impor? Creio que, conforme vamos crescendo e convivendo em ambientes com pessoas de diversos ideais e pensamentos, começamos a nos sentir ameaçados e com medo de “não se encaixar” em determinados nichos, seja ele na escola, grupo de amigos, ou até mesmo na internet. Porém, é cansativo moldar uma “persona” que não te representa, não é mesmo? 

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Muitas pessoas têm medo de desagradar as outras impondo seus próprios limites, mas devemos tratar isso de uma forma natural! Não há nada de grosseiro em dizer “não quero sair hoje” ou “não gosto dessa piadinha”, entre outras coisas que deixamos passar e acabam nos machucando. A influenciadora Shakti Janiake retrata muito disso em suas redes sociais, o que me ajudou e me inspirou a trazer esse assunto para cá! 

@shaktijaniake

você se sente desconectada de si mesma? 👇🏻 como se você não se conhecesse? é muito difícil impor limites e falar não? você se doa muito, e sente que não é recíproco? sente que as amizades q vc tem hoje não te preenchem tanto? se sente sozinha mesmo rodeada de pessoas? se sim, e você deseja se reconectar consigo mesma e criar conexões verdadeiras; a @amoradacomunidade pode ser para você. o que é??? — uma plataforma incrível de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. mais que um curso, mais que uma comunidade. um aplicativo completo! cursos para você se conhecer e aplicar as ferramentas, RETIRO EM CASA para você fazer em um fim de semana, no seu tempo. com todos os exercícios práticos e canais de troca… + encontros no zoom comigo e com a minha mãe @psicologa.etiennejaniake várias vezes no mês. + aulas de yoga ao vivo semanalmente + cursos de mentalidade e rotina inteligente + meditações, exercícios práticos de autoconhecimento e MUITO mais. um ano inteiro de acesso para você se comprometer com a sua saúde mental, autoconhecimento e nova relação consigo mesma. e o melhor de tudo, a comunidade em si: mulheres de todo brasil (aposto que da sua cidade também) em um espaço seguro, de pertencimento, propósito e amor. + canais de comunicação (lugares para desabafar, para compartilhar e receber dicas, para se encontrar pessoalmente etc) — mulheres que querem se conectar umas com as outras e criar irmãs pra vida, como você! já imaginou? o valor de tudo isso? 12x de 74, ou seja, menos de 80 por mês por um ano inteiro! com tudo lá dentro. sentiu o chamado? mais informações no meu destaque “comunidade” e no link da bio 🙂

♬ original sound – Shakti Janiake

Então, bora deixar esse medo de lado e começar a respeitar nossas vontades internas. Coloquei alguns motivos do porquê precisamos naturalizar esse pensamento na adolescência, vem ver:

Autoestima

Problemas de autoestima nessa fase da vida são os mais comuns, e por isso acabamos nos rebaixando por não conseguirmos enxergar nosso próprio valor. É muito importante que a gente consiga se respeitar para desenvolver cada dia mais nosso amor próprio, já que isso reflete não só em como somos tratados e, sim, também em como tratamos o próximo. Muitas das vezes que a gente se coloca em um posição inferior, sentimos que nossas amizades não são recíprocas, não nos valorizam, nosso esforço não tem nenhum reconhecimento, mas a mudança interna faz toda a diferença de como a gente se impõe nas nossas relações externas. O que nos leva para o próximo tópico…

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Relações saudáveis e prevenção de violências 

Quantas vezes sentimos que, nas nossas amizades, nos doamos muito mais do que recebemos? Que se não estivéssemos por perto, ninguém sentiria nossa falta? Pois é, aceitar tratamentos assim vai nos trazer consequências futuras muito perigosas. A comunicação é a chave para qualquer relacionamento, e é fruto de um amadurecimento interno que alcançamos conforme nosso crescimento. É necessário entender que nem sempre o outro está sentindo da mesma forma que a gente, e também não são todos os casos que a comunicação vai protagonizar. Mas respeitar as nossas próprias vontades e sentimentos precisa sempre ser primordial! Saber dizer “não”, muitas vezes, vai fechar portas que nunca deveriam ter sido abertas e abrir as mais improváveis, e que talvez nos levem para um caminho muito melhor, seja no âmbito profissional, social e até com nós mesmos. 

Equilíbrio entre a vida acadêmica e a vida pessoal

Quando conseguimos impor nossos limites pessoais nas nossas relações, o conforto de poder negar e aceitar convites fica muito mais evidente no decorrer dos dias. Priorizar os estudos quando necessário é muito importante, assim como sair com seus amigos faz muito bem, principalmente na adolescência.  Quando possuímos a habilidade e confiança de respeitar nosso tempo e não priorizar as vontades dos outros, encontramos o equilíbrio perfeito entre a diversão e as obrigações, sem se sobrecarregar e sem procrastinar!

Filtrar amizades

Por último, mas talvez o mais importante: ao se respeitae, você mantém por perto apenas pessoas que te fazem bem e que te querem bem. Uma amizade verdadeira não vai acabar por um simples “não”. Pelo contrário, amigos que realmente se importam com você vão ser compreensivos em todos os seus momentos, em todos os altos e baixos.

Todo mundo já teve aquele amigo que usa como base de comunicação a chantagem emocional, seja ela direta ou não, fazendo você até se questionar quanto ao seu caráter e que tipo de amigo tem sido, apenas para invalidar suas escolhas e sentimentos. Nossa adolescência é lotada de “amizades” como essa, um dos vários motivos que nos trazem insegurança nesse período. Por isso é muito importante começar essa mudança interna, de autoconfiança e de conforto em impor seus próprios limites, pois logo essas pessoas se afastam naturalmente de você e você mantém apenas aqueles que verdadeiramente são compreensivas e que você possui reciprocidade em todos os sentidos.

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Então, galera, está tudo certo em não agradar todo mundo! Sei que para nós, “people pleasers”, é muito difícil até pensar na ideia de chatear alguém, mas às vezes nos desdobramos muito apenas para priorizar a vontade de terceiros, e nos sobrecarregamos de culpas e sentimentos que não são nossos, deixando de lado a pessoa mais importante: você mesmo!

Claro que é necessário ter cuidado com a linha tênue entre a auto confiança e o egoísmo. No entanto, priorizar a si mesmo não é sinônimo de egocentrismo. O respeito tem de ser mútuo em todas as nossas relações, respeitar para ser respeitado!

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