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Espaço de troca de conhecimento da Galera CAPRiCHO. Um grupo de jovens engajados de 13 a 18 anos que chamamos de leitores-colaboradores e que participam ativamente da vida da redação.
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‘Heartbreak High: Onde Tudo Acontece’ traz nova perspectiva aos jovens

Desde personagens LGBTQIA+ até de diferentes etnias, a série da Netflix reflete a verdadeira diversidade do mundo adolescente

Por Emanuele Assereuy 5 set 2024, 13h00
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á pararam para pensar em como uma série adolescente pode influenciar a forma como os jovens lidam com questões de identidade, aceitação e representatividade na sociedade atual? Oi, gente, aqui é a Emanuele da Galera CAPRICHO, uma amante de séries adolescentes, e hoje eu gostaria de indicar e falar sobre uma produção que eu amo e que tem gerado uma repercussão significativa, tanto entre o público quanto entre os críticos:Heartbreak High: Onde tudo acontece’.

A série da Netflix narra um grupo de adolescentes que navegam pelas águas turbulentas do ensino médio, enfrentando questões como sexualidade, raça, saúde mental e desigualdade social. Tudo começa quando os alunos acidentalmente descobrem que sua colega Amerie criou um mapa sexual que expõe os segredos íntimos dos alunos da escola. A repercussão desse mapa desencadeia uma série de eventos que obriga os personagens a confrontarem suas próprias inseguranças e preconceitos, promovendo uma narrativa que encoraja a empatia e a compreensão.

A representatividade presente em Heartbreak High

Além de possuir uma narrativa caótica e engraçada, a obra apresenta uma gama super diversificada de personagens, cada um com sua história e desafios. Desde personagens LGBTQIA+ até personagens de diferentes etnias e origens socioeconômicas. “Heartbreak High” reflete a verdadeira diversidade do mundo adolescente.

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Um grande exemplo é a personagem Quinni, que se destaca não apenas pela sua complexidade, mas também pela autêntica representação do autismo, tanto na tela quanto fora dela. Assim como Quinni, Chloé Hayden é autista, o que confere uma camada adicional de autenticidade e profundidade à personagem. A narrativa da Quinni traz à tona os desafios e nuances sociais de se viver com autismo, além da personagem enfrentar particularidades em seus relacionamentos e sua identidade queer. 

Outro grande destaque da série é o personagem Cash, interpretado por Will McDonald, que traz uma perspectiva única e necessária para “Heartbreak High” ao ser um dos poucos personagens na mídia a representar a assexualidade de forma genuína e respeitosa. Através de Cash, a série aborda a assexualidade como uma orientação válida e significativa, desafiando mitos e estereótipos comuns. Além disso, a complexidade de Cash é ampliada por seu envolvimento com traficantes, uma narrativa que explora as pressões e os dilemas enfrentados por jovens em situações difíceis.

 A personagem “principal” da série, Amerie, também ganha grande visibilidade por ser emergir como uma personagem complexa e resiliente, cuja jornada inspira empatia e reflexão sobre questões importantes relacionadas à saúde mental e sexual, principalmente na terceira temporada quando enfrenta problemas pessoais profundos, incluindo a difícil decisão de fazer um aborto. Além do mais, a personagem é duramente criticada e julgada a série inteira por seus colegas por ter uma personalidade forte e colérica, o que acaba afetando diretamente sua saúde mental e trazendo um desconforto em si própria. 

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Ayesha Madon como Amerie e Asher Yasbincek como Harper na 2ª temporada de Heartbreak High
Ayesha Madon como Amerie e Asher Yasbincek como Harper na 2ª temporada de Heartbreak High Netflix/Divulgação

A importância de ‘Heartbreak High’ para os jovens hoje

Em um mundo cada vez mais digitalizado e avançado, os adolescentes hoje enfrentam desafios únicos que podem afetar sua saúde mental e bem-estar. “Heartbreak High” oferece uma visão realista e, ao mesmo tempo, esperançosa desses desafios, proporcionando uma ferramenta valiosa para que jovens entendam e processem suas próprias experiências.

A série também serve como um recurso educacional, oferecendo insights sobre como lidar com bullying, preconceito e pressões sociais. A abordagem honesta e direta da série sobre saúde mental, por exemplo, pode ajudar a desestigmatizar a busca por ajuda e apoio, encorajando os adolescentes a falarem abertamente sobre suas lutas pessoais. Além disso, ao abordar questões de justiça social e igualdade, “Heartbreak High” educa e inspira a próxima geração a lutar por um mundo mais justo e inclusivo. A série mostra que, apesar das dificuldades, é possível encontrar apoio e solidariedade entre amigos e na comunidade, uma mensagem vital para jovens que estão moldando suas identidades e valores.

Convido você leitor(a/e) a mergulhar nesse universo cativante e se apaixonar pelos personagens tanto quanto eu. Permita-se ser tocado por suas jornadas e descubra a beleza da diversidade adolescente. “Heartbreak High” não é apenas uma série, é uma experiência transformadora que nos lembra da importância de compreender, valorizar e celebrar as nuances de cada indivíduo. Não perca a oportunidade de se conectar com essa narrativa poderosa. Venha se emocionar e se encantar com “Heartbreak High”.

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