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Espaço de troca de conhecimento da Galera CAPRiCHO. Um grupo de jovens engajados de 13 a 18 anos que chamamos de leitores-colaboradores e que participam ativamente da vida da redação.
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Apesar dos desafios, jovens abraçam e estimulam o cheerleading no Brasil

Atletas falam ao Blog da Galera sobre o impacto das redes sociais e as expectativas para o futuro da modalidade no país

Por Pedro Ribeiro 28 nov 2024, 19h00
O

cheerleading, conhecido pelas acrobacias e performances cheias de energia, está ganhando espaço no Brasil. Mesmo com obstáculos estruturais, o esporte tem atraído muitos jovens em diversas regiões e conquistado muita visibilidade. Estudantes da Unicarioca e do Liceu Nilo Peçanha compartilharam com o Blog da Galera suas histórias sobre como essa modalidade está em ascensão tanto na escola quanto na universidade.

Júlia Pery, vice-capitã dos Thunderbirds na Unicarioca, se interessou por cheerleading ainda no ensino médio. “Sempre quis fazer parte de um time, via nos filmes e nunca imaginei que teria a chance de fazer parte de um”, conta. Júlia pratica desde 2019 e percebe como o interesse pelo esporte só aumenta. “Vejo o crescimento do esporte a cada dia, e, com a divulgação nas faculdades, ele acaba atraindo muitas pessoas”, explica.

Angel Torres, líder da equipe de cheer do Liceu Nilo Peçanha, concorda, dizendo que o número de equipes cresce a cada ano, o que também afeta os campeonatos: “a cada ano, os campeonatos têm recebido um aumento considerável de inscrições de diversas categorias de cheer”, comenta Angel, que também espera ver o esporte crescer ainda mais.

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Os desafios enfrentados pelas equipes no Brasil

Júlia destacou problemas que as equipes de cheer enfrentam no dia a dia, como a falta de equipamentos e locais adequados para treino. “Muitas vezes, é questão de espaço para treinar. As equipes acabam tendo que praticar ao ar livre e, em dias de chuva, o treino não acontece, o que impacta bastante o desempenho do time, já que cada treino é importante”, explica.

Alice, atleta do Liceu Nilo Peçanha, compartilha dessa opinião: “no Brasil, há pouco apoio para esportes assim. Fora daqui, cheerleaders participam muito de jogos escolares, o que desperta interesse. Aqui, é mais comum ver cheerleaders só em faculdades ou academias, então há menos suporte porque é menos popular”.

Carina Paiva, da Unicarioca, comenta que as equipes universitárias tendem a ter mais responsabilidade, pois nas universidades não há adultos supervisionando os times. “Além disso, o interesse é maior nas universidades”, observa.

Esse é um obstáculo para o time Jaguars do Liceu Nilo Peçanha, que em partes concorda e discorda, especialmente nas escolas públicas, que enfrentam mais limitações estruturais, e a presença de adultos supervisionando talvez não seja muito presente. “Somos limitadas ao básico dos movimentos, até mesmo pela falta de um técnico”, explica a equipe.

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Como as redes sociais impulsionam o crescimento do cheerleading

Segundo Alex, cheerleader do Liceu, as redes sociais têm sido fundamentais para a popularidade do cheerleading no Brasil. “Aqui, não temos cheerleading nas escolas ou instalações próprias, então compartilhar nas redes atrai pessoas que gostariam de ter essa experiência”, afirma. Ele acredita que isso aumenta a visibilidade do esporte e inspira novos praticantes.

O aumento no número de equipes vem trazendo uma nova imagem ao cheerleading como um esporte de alto nível e respeito. Eduardo Lima, coreógrafo dos Thunderbirds e ex-atleta do time Arkhaios, lembra que em 2017 o cheerleading era muito subestimado. “O pessoal achava que era só umas piruetas, mas já exigia muita técnica, força e dedicação dos atletas”, acrescenta. Em 2021, com mais de 900 times pelo Brasil, o esporte já era respeitado e oficialmente reconhecido.

Carol, treinada pelo Liceu, sente que a evolução e o aumento das equipes resultaram em uma competição mais acirrada entre os atletas. “Com mais adversários, isso faz com que haja necessidade de se aprimorar. Isso que cria atletas melhores e prontos para impressionar o público”, afirma a jovem.

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O futuro do cheerleading no Brasil

A capitã dos Thunderbirds da Unicarioca vê potencial para o cheerleading crescer, mas entende que ainda há um longo caminho. “Assim como outros esportes são populares, precisamos de visibilidade. Dessa forma, as pessoas vão entender o tempo e a dedicação que investimos nos treinos e a importância do nosso trabalho para o público”, afirma Jennifer Vidal.

O cheerleading no Brasil está em um momento emocionante de transformação. Com mais jovens interessados, equipes surgindo em escolas e universidades e campeonatos crescendo, o esporte prova que tem força para superar obstáculos e conquistar seu espaço.

Anna Lúcia, da Unicarioca, aconselha os iniciantes a aproveitarem cada momento: “no começo, tudo parece um desafio, mas, com a prática, melhora. O sucesso no cheerleading depende da união da equipe e é uma energia única”. No Liceu, Angel Torres encoraja: “Faça por amor, confie no seu potencial! É um caminho difícil, mas o resultado vale tudo”.

A paixão dos atletas, como Júlia, Angel e tantos outros, inspira uma nova geração a se desafiar e a levar o cheerleading a patamares ainda maiores. Entre saltos, piruetas e gritos de torcida, esses jovens estão construindo um legado que poderá consolidar o cheerleading como uma modalidade de prestígio no Brasil. O caminho é longo, mas o espírito de equipe e a determinação de cada cheerleader mostram que eles estão prontos para enfrentar o que vier.

Que venha o futuro – e que seja vibrante e cheio de energia como eles! E pra dar aquela forcinha para esses dois times INCRÍVEIS, dá aquela passadinha no perfil destes divos @thunderbirdscheerleading e @jaguars.ofchee.

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