Mechas ‘free hands’ agridem menos o cabelo e garantem efeito natural
Conheça a técnica de luzes feitas à mão livre que produz visual menos marcado
ocê já ouviu falar na técnica free hands utilizada para fazer mechas no cabelo? Essa costuma ser uma escolha para quem procura um resultado natural, e, para entender melhor como é feita e quais são suas vantagens, a CAPRICHO conversou com os cabeleireiros Wilson Costa e Danilo Herbert.
Como é feita?
Como sugere a tradução de free hands, a técnica é feita à mão livre, em busca de um resultado mais natural e sutil. Ou seja, dispensa o uso de touca, plaqueta dentada e até papel alumínio. “Ao contrário de outras colorações convencionais, você consegue o efeito esfumado e sem
demarcações, valorizando o volume e a textura natural dos fios”, afirma Wilson Costa, hairstylist do salão de beleza Jacques Janine Ilhéus. O profissional explica que, para aderir a esse método, é importante fazer a avaliação do rosto do cliente e aplicar a estratégia de visagismo para desenhar as mechas.
Por fim, ele ainda diz que a técnica é bastante procurada por combinar bastante com o clima tropical brasileiro. “Costumo falar que o free hands é uma celebração ao estilo praiano e pode aquecer o look em qualquer época do ano, principalmente no inverno.”
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Funciona para todas as curvaturas?
Sim, esse método pode ser feito em todas as curvaturas de cabelo, a diferença será o efeito percebido em cada uma delas. “No cabelo liso, conseguimos perceber mais a transição da coloração para o tom natural, evidenciando a técnica. Onduladas e cacheadas conquistam um efeito ainda mais natural, criando um degradê perfeito, como se os fios tivessem sido naturalmente clareados com o sol. Esse tipo de técnica também combina muito com nuances mais quentes – do castanho, passando para os ruivos ao superloiro. Quem tem cabelo afro vai adorar para garantir uma luminosidade aos fios”, relata Wilson Costa.
Qual a frequência da manutenção?
Por se tratar de uma técnica mais sutil, a oxidação da coloração é mais lenta, o que permite uma menor frequência de retoque. Para manter a raiz iluminada, indica-se uma manutenção entre 3 e 6 meses. “No mês seguinte, o próximo retoque acontece do meio às pontas. Sempre é bom destacar que qualquer processo de descoloração precisa ser feito com produtos de qualidade e com fórmulas ricas em aminoácidos essenciais para evitar o ressecamento. Entre o período do retoque, se sentir o cabelo mais amarelado, também é possível investir em matizadores”, completa o especialista do salão Jacques Janine.
Quais são as vantagens?
A principal vantagens do free hands é que ele é menos agressivo para os fios. O hairstylist e embaixador da TRUSS Danilo Herbert conta que, ao dispensar o uso de papel alumínio ou qualquer outro tipo de ferramenta de ‘costura dos cabelos’, o procedimento se torna mais rápido, fragilizando menos os fios. “O resultado também é um diferencial, pois a técnica evita o saturamento das luzes, garantindo um visual mais homogêneo e iluminado, menos marcado. No entanto, como é preciso criar um design personalizado de aplicação, de acordo com o rosto, o corte e o volume dos cabelos, a técnica exige conhecimento e experiência por parte do profissional”, completa.
E os cuidados?
O fato de ser menos agressiva, não dispensa uma atenção extra na hora dos cuidados pós-procedimento, tá? “É necessário criar um protocolo de tratamento, que inclua hidratação para dar resistência e elasticidade aos fios, nutrição para reposição de lipídeos, que devolvem a oleosidade natural e eliminam o aspecto ressecado, e reconstrução para devolução dos aminoácidos, que eliminam o aspecto poroso e quebradiço, além de pontas duplas”, aconselha Danilo. “Também é preciso fazer a manutenção da cor, com matizadores, por exemplo, com o objetivo de prolongar sua durabilidade”, conclui.