Continua após publicidade

Trança nagô é penteado considerado símbolo de força e resistência negra

Entenda por que ela representa um elo entre a herança cultural de um povo e o seu legado ancestral

Por Taya Nicaccio Atualizado em 30 out 2024, 15h41 - Publicado em 9 ago 2022, 11h18

Como um processo ancestral e afirmativo, as tranças já se tornaram quase indispensáveis na nossa rotina, né? Seja para fugir do óbvio, criar um penteado rápido para o dia a dia ou uma versão elaborada para ir a um festival de música. Mas, além disso, as tranças carregam uma história cheia de significado!

Que tal conhecer em detalhes um dos visuais mais populares do Brasil? A CH te conta a história da trança nagô, por que ela é considerada um símbolo de resistência e, de quebra, você ainda confere algumas inspirações de looks!

A história da trança nagô

Uma trança nunca é só uma trança. Apesar de boa parte das histórias que circulam nas internet direcionarem a origem da trança nagô para o período escravocrata, alegando que seus desenhos serviam como mapa para organizar fugas da sociedade escravocrata para quilombos, não há evidências totalmente sólidas sobre a veracidade dessa informação, e a história começa bem antes disto.

Uma coisa é certa: as tranças representam a herança cultural de um povo e o seu legado ancestral e fazem parte da criação de milhares de crianças. Quando falamos sobre o famoso entrelaçamento dos fios com três mechas ou da torção com duas mechas para assim criarmos um twist, a primeira referência são as tranças nagôs (ou rasteirinhas, como também são conhecidas). Não à toa, para muitas meninas e meninos negros, as tranças trazem várias lembranças gostosas e únicas, e o fazer manual de mães, pais, irmãs, tias e avós está incluso nesse processo afirmativo e de memórias afetivas.

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Vitória Nicolau (@vitorianicolau)

Em um contexto e cenário político em que tudo aquilo relacionado à cultura afro-brasileira é desvalorizado e deixado de lado através do apagamento histórico, celebrar os nossos ancestrais e seus saberes e tecnologias milenares, como as tranças, é, sim, um ato de resistência.

Continua após a publicidade

Inspirações para reproduzir

Hoje, tanto a trança nagô, que é um dos penteados mais populares do Brasil, quanto as box e fulanis braids servem como um canal de conexão ancestral entre o passado e o futuro, que transcendem memórias afetivas e garantem muita versatilidade. Você pode optar pelo trançado tradicional ou, então, brincar com formatos, acessórios e extensões orgânicas e sintéticas. Vem dar uma olhada nestas referências de penteados!

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Amanda Souza (@mandck.s)

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Lindsey Hilario (@iamlindseyhilario)

Continua após a publicidade

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Amanda Souza (@mandck.s)

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Stella Chidozie (@stellachidozie)

Continua após a publicidade

View this post on Instagram

A post shared by Domênica Corrêa (@domenicacoreea)

View this post on Instagram

A post shared by Lisa Barcelos🦋 (@lisabarcelox)

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por clarice vieira – trancista 👸🏾 (@clarice.hair_cv)

Continua após a publicidade

E aí, qual a sua relação ancestral com a trança nagô? Conta pra gente!

Publicidade