A CH tirou todas as suas dúvidas sobre aparelho ortodôntico

Será que dói? Como limpa? Dá para usar batom? Conversamos com especialistas para esclarecer tudo sobre o tratamento e acabar com qualquer neura. Vem ver!

Por Thais Varela|Fotos: Reprodução Atualizado em 4 nov 2024, 14h48 - Publicado em 27 jul 2015, 18h10

– Quando deve ser usado?

Ele é indicado para corrigir dentes desalinhados, mordida errada e até problemas mais complicados, que envolvem a musculatura do rosto. Dependendo do caso, é possível começar a usar o aparelho móvel ainda quando alguns dentes são de leite. Nesta fase, ele vai ajudar a direcionar a posição correta que a dentição deve ter quando todos os permanentes nascerem. O aparelho fixo é indicado depois que isso acontece. A idade para colocá-lo pode variar, mas normalmente fica em torno dos 12 e 13 anos.

– Quais tipos de aparelhos fixos existem?

Há duas opções: o aparelho convencional e o autoligável. O primeiro é aquele em que o dentista coloca borrachinhas nos bráquetes – o tradicional, sabe? O segundo é uma técnica mais nova em que todos os bráquetes são ligados por um fio e não precisam das borrachinhas para segurá-los. Aqui, a duração do tratamento tende a ser menor, pois a força exercida sobre os dentes é constante (as borrachas perdem o efeito mais rápido, por isso é preciso “apertar”). Embora também exija manutenção, a necessidade de apertar o aparelho autoligável é menor.

Depois de decidir isso, o próximo passo é escolher se prefere o aparelho de metal ou o estético (que fica quase invisível).

– Quanto tempo dura o tratamento?

A média pode variar de três meses, para problemas mais simples, a até três anos, para os casos mais complicados. Antes do tratamento começar, o dentista faz um planejamento detalhado com o tempo necessário.

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– Como é feita a manutenção?

No aparelho tradicional, é preciso voltar ao dentista de quinze em quinze dias para trocar as borrachinhas e o fio que liga os bráquetes. No modelo autoligável, o retorno pode acontecer em um período maior (em geral de dois em dois meses, para substituir o fio).

– O aparelho machuca?

Após a manutenção, os dentes tendem a ficar doloridos, mas a sensação passa logo. O aparelho às vezes machuca a parte interna nas bochechas também – peça ao seu dentista uma cerinha específica que, colocada nos bráquetes, suaviza o incômodo. A gengiva pode ser afetada e algumas aftas talvez surjam. Para elas, existem remédios cicatrizantes que ajudam.

– Como deve ser feita a higiene?

É muito importante não descuidar dela durante o tratamento. Seu hálito agradece! Fio dental e escovação depois das refeições são indispensáveis. Se você tem dificuldades com o passo 1, aposte no “passa fio”, uma espécie de agulha plástica em que você prende o fio dental. Usar um enxaguante bucal depois da escovação também é bom para manter os dentes limpos. Dica: leve com você um kit de emergência contendo escova de dentes, pasta e fio dental. Nunca se sabe quando a gente pode precisar dele!

– O aparelho dá cárie?

Ele não é o responsável pela cárie, mas aumenta as chances de você ter uma caso a higiene bucal não seja boa. As bactérias presentes na boca se alimentam dos restos de comida que ficam nos dentes e é aí que a cárie aparece.

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– Quem usa aparelho estético não pode tomar bebidas escuras?

Pode sim! Rola tomar café, suco de uva, refrigerante e outras bebidas mais escuras, pois elas não vão manchar os bráquetes. O importante é não esquecer de higienizar a boca depois das refeições. Caso contrário, seu aparelho pode escurecer.

– O aparelho causa mau hálito?

Ele não é o único culpado. Outra importante causadora do mau hálito é a má higienização da língua. Ou seja, lembre-se de escová-la também.

-Fica feio usar batom com aparelho?

Claro que não! Invista nas cores, independentemente de seu aparelho ser metálico ou estético! Se você ainda está insegura com ele, dê preferência para os tons mais claros, que chamam menos atenção para a boca. Mas não deixe de abusar dos escuros também, pois é apenas uma questão de tempo até você se acostumar com ele.

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Agora é só encarar o aparelho sem encanações!

Quem deu as informações: Egberto França, dentista especializado em ortodontia estética; Jaqueline Cabral, ortodontista da clínica Odontossistêmica.

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