6 curiosidades por trás do desenvolvimento de produtos para cabelo

Descobrimos tudo sobre testes de eficácia, escolha de fragrância e a equipe multidisciplinar envolvida na criação de uma linha capilar

Por Sofia Duarte 2 jul 2025, 17h00
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omo surge uma linha para cuidados capilares? Depois de formulado o conceito dos produtos, de que forma são feitos os testes de eficácia? E como funciona a escolha das matérias-primas que enriquecem a fórmula?

Essas e outras perguntas sobre o desenvolvimento de produtos para cabelos foram respondidas na visita da CAPRICHO à principal fábrica do Grupo Boticário, localizada em São José dos Pinhais, no Paraná. A gente viu de perto os passos minuciosos que envolvem esse processo, desde os testes feitos com consumidores voluntários até a elaboração das fragrâncias, e, aqui, listamos os fatos mais legais e curiosos que descobrimos por lá.

6 curiosidades sobre o desenvolvimento de produtos para cabelo

Tudo começa com a identificação de necessidades

O primeiro passo é a identificação de necessidades dos consumidores, que são percebidas em pesquisas de comportamento, escuta ativa do público e estudo de tendências do mercado. Esse conjunto de informações dá origem ao briefing, que detalha as principais dores, benefícios desejados e experiência de uso esperada.

“Também há casos em que a inovação nasce dentro dos próprios laboratórios, com a descoberta de um ingrediente ou tecnologia com alto potencial de transformação para os cabelos”, conta Gus Dieamant, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento de Eudora Siàge, marca voltada para cuidados capilares.

Testes feitos com consumidores

Sim, consumidores voluntários podem participar dos testes sensoriais dos produtos para cabelos. Essas pessoas vão avaliar como eles se comportam no uso real do dia a dia, observando aspectos como textura, espalhabilidade, fragrância e a percepção de resultados nos fios.

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No caso do Grupo Boticário, qualquer um pode se candidatar, desde que atenda aos critérios específicos de cada estudo, que variam de acordo com o tipo de cabelo, grau de dano, condição do couro cabeludo ou até hábitos de cuidado capilar.

Testes de eficácia

Existem ainda os testes de eficácia, que avaliam os benefícios prometidos pela linha, como redução de quebra, aumento de brilho ou recuperação de danos. “Todos esses testes são conduzidos tanto internamente quanto em institutos externos, garantindo que as respostas obtidas refletem o desempenho real do produto na rotina de cuidados das consumidoras”, afirma Diemant.

Sofia Duarte, repórter de moda e beleza da CAPRICHO, em visita a fábrica do Grupo Boticário
Sofia Duarte, repórter de moda e beleza da CAPRICHO, em visita a fábrica do Grupo Boticário Foto: Lucas Costa/Grupo Boticário/Divulgação

Perfume

O perfume dos produtos de cabelo é elaborado por um perfumista, e a construção olfativa acontece junto com a criação da fórmula. “O objetivo é que a fragrância dialogue com os benefícios sensoriais e a proposta de tratamento de cada linha”, explica o executivo.

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As fragrâncias, portanto, variam de acordo com o propósito da linha e podem receber construções complexas e de alta performance, que permitem que o aroma permaneça nos fios por mais tempo. Além disso, é avaliado o efeito ‘blooming‘ no box, que acontece quando o aroma se intensifica com o vapor da água, preenchendo o ambiente e trazendo uma sensação gostosa no banho.

Matérias-primas

As matérias-primas vêm de fornecedores de vários lugares do mundo e são selecionadas com base na eficácia, segurança e responsabilidade ambiental. “Durante o desenvolvimento de um novo produto, o time de Pesquisa & Desenvolvimento avalia diversos fatores, como o desempenho técnico dos ativos, a compatibilidade com outras matérias-primas, o impacto ambiental e a sustentabilidade da cadeia produtiva”, conta o especialista.

Equipe multidisciplinar

Não são apenas farmacêuticos, químicos ou áreas correlatas que fazem parte do desenvolvimento de um produto de cabelo (ou até de beleza, de modo geral). Esse processo começa a partir do time de Marketing de Produtos, que identifica as necessidades do mercado e elabora o briefing inicial. Depois, entra a equipe de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), que cria as fórmulas e valida os resultados, e o Núcleo de Inteligência Olfativa, que desenvolve a fragrância.

Ainda há a galera de Design e Embalagem, que pensa na usabilidade, estética e impacto ambiental das embalagens. A área de Qualidade e Regulatórios fiscaliza a segurança, conformidade com as normas e estabilidade do produto. E o time de Eficácia que, por sua vez, submete os produtos a testes rigorosos.

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