O item de beleza existe há muito tempo e já foi motivo de exaltação e proibições
Os primeiros registros de pintura labial entre seres humanos datam de aproximadamente 5.000 a.C, na região da Suméria. No Egito Antigo, tanto homens quanto mulheres usavam o batom diariamente como símbolo de status.
Na Grécia Antiga,
o cosmético era visto como algo escandaloso, utilizado sobretudo por garotas de programa. Inclusive, uma lei chegou a ser criada para que essas mulheres fossem identificadas.
A obrigação? Que usassem batom quando saíssem
às ruas.
Durante a Idade Média, o batom foi vetado pela Igreja Católica por ser considerado imoral - e seu uso, um pecado.
Fã de batom vermelho, a Rainha Elizabeth I ignorou a regra, popularizando o produto. A monarca acreditava que ele possuía poderes mágicos e curava doenças. A ironia é que, na época, pinturas labiais tinham pó de
chumbo na composição,
um ingrediente supertóxico.
Em 1770, o parlamento britânico criou uma lei que condenava a pintura dos lábios por associá-la à feitiçaria, para "levar os homens ao casamento".
Durante o movimento sufragista em Nova York, em 1912, as mulheres iam às ruas protestar pelo direito de votar usando batom vermelho. Era uma forma de simbolizar a emancipação e a independência feminina.
Na época da II Guerra, o primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, via o batom como algo que ajudava a levantar a moral das mulheres, que tiveram que ocupar postos de trabalho e dos soldados que estavam lutando - além de trazer um senso de "normalidade".
Nome da teoria segundo a qual, em meio a uma crise econômica, pessoas ficam menos dispostas a comprar itens luxuosos e preferem gastar com luxos acessíveis, como um batonzinho. Ou seja, elas continuam consumindo, só que de um jeito diferente.
"Efeito batom"
Com o fim da Segunda Guerra, o produto se tornou cada vez mais popular, aparecendo em anúncios de revistas e nos lábios
de celebridades. Estrelas de Hollywood, como Marilyn Monroe
e Elizabeth Taylor, contribuíram muito com o sucesso
do batom!