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Sem medo! Os detalhes que você precisa saber sobre dentes do siso

Calma, miga! O dente do siso não é um bicho de sete cabeças

Por Marcela Bonafé 9 out 2016, 15h53

Quem é que não tem aquele medinho do famoso dente do siso? Provavelmente você conheça alguém que já tenha tirado e não gostou nem um pouco da experiência, porque ficou inchado e dolorido depois. Mas, calma! Não é o bicho de sete cabeças que muita gente pensa e vamos esclarecer tudo para você.

Em primeiro lugar, é importante saber que, geralmente, os 3º molares (nome usado pelos dentistas) começam a aparecer por volta dos 15 anos, por isso são chamados de “dentes do juízo”. Mas não se preocupe se isso não rolar, porque é só uma média de idade. Ele pode dar as caras depois, até mesmo aos 20. “Às vezes a arcada está sem espaço e demora para o siso ter força para erupcionar”, explica a cirurgiã dentista Maria Beatriz Colmanette Umino.

siso

“É possível, também, que ele fique incluso, com a camada de osso por cima”, acrescenta. Nesse caso em que o siso fica para dentro, podem acontecer duas coisas: 1) ele começar, com o tempo, a empurrar os outros dentes e por isso precisar ser extraído; 2) ele nunca sair, mas aí é importante fazer radiografias de vez em quando para ver se está tudo ok.

Outra situação que é muito normal e acontece com bastante gente é o siso ficar semi incluso, principalmente por falta de espaço. “Então uma parte dele nasce e a outra fica com um gengiva em cima, como se fosse um capuz”, conta Maria Beatriz. E isso costuma ser muito incômodo, porque alimentos podem ficar depositados embaixo daquela gengiva e, como é difícil de higienizar, a área acaba inflamando.

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Quando isso acontece, os dentistas chamam de pericoronarite – e a dor dessa inflamação é bem forte. “Aí precisa tomar anti-inflamatório, limpar, passar água oxigenada embaixo, fazer bochecho com anti-séptico… tudo para desinflamar aquela parte da gengiva”, orienta a doutora. Depois disso, cabe ao dentista avaliar se será necessário extrair o dente ou só tirar o pedacinho de gengiva de cima para que ele acabe de nascer normalmente.

dentista

Existem casos, ainda, de pessoas que não têm todos os dentes do siso. “Pode acontecer de você não ter nenhum dos 4; ter os 4; ou ter só 2 deles”, conta a dentista. Isso é uma questão genética e também tem muito a ver com a evolução. Há milhares de anos, por exemplo, quando nossos ancestrais ainda não cozinhavam a carne para comer, eles tinham até o 4º molar pela dificuldade de mastigar. Hoje isso já é muito mais simples.

E por falar em simplicidade, a temida cirurgia para tirar os 3º molares também melhorou muito com o tempo. Primeiro, você recebe uma anestesia local e depois começa a parte desagradável de extração, mas você não sente nada. Os detalhes vão depender da situação do dente – pode ser que ele seja quebrado em pedacinhos ou retirado inteiro mesmo. Por fim, você leva alguns pontos na região, que são retirados depois de uma semana. Ah, mas é aconselhado que essa cirurgia seja feita só depois dos 16 anos, ok? Aí já dá para ter certeza da necessidade de realmente fazê-la.

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A fase mais chatinha nisso tudo é realmente a da recuperação, mas seguindo todas as indicações do seu dentista, fica tudo bem logo. “Geralmente você toma antibiótico e anti-inflamatório porque mexe no osso e na gengiva. No pós-operatório, também é importante não fazer esforço físico, não tomar sol e ter uma alimentação líquida e pastosa, sempre fria“, aconselha Dra. Maria Beatriz. Ou seja, é bom escolher bem a data da cirurgia, porque geralmente leva uns três dias para ficar melhor (nada de fazer na semana de provas).

Viu só?! Não precisa ficar com receio. Antes de qualquer coisa, é fundamental ter o acompanhamento com um dentista ou ortodontista que vai fazer uma avalização clínica e radiológica. Só então você vai ter certeza se tem todos os dentes do siso e se precisará mesmo tirá-los ou não. Muitas vezes dá para resolver o problema de espaço somente usando aparelho para alinhar tudo.

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