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Primeiro emprego: dicas de quem já trabalha pra quem está à procura

Como vai ser? Quais são as opções? Por onde começar?

Por Isabella Otto Atualizado em 17 ago 2016, 15h06 - Publicado em 19 nov 2014, 17h10

Amadurecimento e independência financeira são os principais motivos que levam uma adolescente a sair em busca do primeiro emprego. Foi o que aconteceu com a Mari Oliveira, que, aos 16 anos, começou a trabalhar como atendente em uma loja de roupas.

Sou de família humilde e tenho bastante irmãos. Então, meus pais não tinham condições de me dar tudo o que eu pedia. Por isso, decidi procurar um emprego.

Mariana Oliveira, trabalha na loja do estilista Arthur Caliman, em São Paulo (SP)

Mas, antes de sair à procura de um trabalho, é preciso conversar com os pais, ver se é possível conciliar a nova tarefa com os estudos e, como afirmaram as leitoras da CH, não ter medo de tentar. Uma das opções mais procuradas nessa época do ano são os trabalhos em lojas de shoppings, que contratam funcionários extras para o Natal. O setor oferece mais de 180 mil vagas temporárias, entre os meses de outubro de dezembro, segundo estimativa feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Trabalho tanto na véspera de Natal, até às 18h, quanto na véspera de ano novo. Mas, no dia seguinte, ganho folga. O trabalho é dobrado nessa época do ano, mas acaba sendo bem agitado. Com o aumento das vendas, acabo também ganhando mais comissão, um dinheirinho extra que a vendedora recebe por vendas realizadas no mês.

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Emanuela Deliberali, trabalha em uma loja de bijouterias no Shopping Piracicaba, em Piracicaba (SP)

Duda Poglia também trabalha no comércio e conta que dá para conciliar a rotina com os estudos, apesar de ser cansativo. É preciso estar a fim!

Na loja, eu trabalho no caixa e, às vezes, ajudo no atendimento aos clientes. É importante saber fazer um pouco de tudo e estar à disposição. Agora já acabei o colégio, mas estou me preparando para a faculdade. Tenhos as manhãs livres justamente para estudar.

Eduarda Poglia, trabalha em uma loja acessórios no Shopping Center Itajaí, em Itajaí (SC)

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Os buffets infantis também são opções bastante procuradas por jovens. Para quem está pensando em se candidatar a uma vaga, fica a dica: é preciso gostar de crianças, sacrificar alguns (ou muitos) finais de semana e, muitas vezes, descolar pouca grana.

Sou fixa, então já participo da escala de festas. Isso faz com que eu consiga me programar e saber com certa antecedência dos eventos. Mas, no começo, eles me ligavam no mesmo dia que a festa aconteceria e eu precisava estar disposta a ajudar. Trabalho praticamente todo final de semana e faço parte da equipe da cozinha: frito os salgadinhos, faço os pratos quentes… Mas já fui monitora de crianças também. Dá para descolar uns R$ 40 por festa. Não é muito, mas, no final do mês, já faz a diferença.

Bela Melo, trabalha em um buffet infantil, em São Paulo (SP)

Diferente do trabalho da Bela, em que o controle é feito por meio de uma lista de presença e você recebe de acordo com os eventos que faz, Pâmela Drudi faz estágio no Fórum da cidade e ganha um salário fixo todo final de mês. Pâ trabalha três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas, mas não ganha benefícios, como vale alimentação ou transporte.

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Trabalho no Fórum de Vinhedo, atendendo advogados no balcão, dando informações, fazendo remessas de audiências… É muita resposabilidade! Por isso, precisei fazer uma prova para conseguir o emprego. Eram 30 questões sobre matemática, português e conhecimentos gerais. Meu estágio termina em maio do ano que vem. Eu adoro!

Pâmela Drudi, da Galera CAPRICHO, faz estágio no Fórum, em Vinhedo (SP)

Trabalho seis horas por dia. Como meu horário é das 13h às 19h, acabo levando um lanche e comendo na loja mesmo. Mas aos sábados, quando minha carga horária é de oito horas, almoço na praça de alimentação do shopping. Aos domingos, fazemos plantões e dividimos a escala direitinho entre as vendedoras. Ou seja, tenho alguns domingos livres para aproveitar.

Emanuela Deliberali, trabalha em uma loja de bijouterias no Shopping Piracicaba

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No buffet, não tenho uma carga horário definida, mas a festa pode durar, no máximo, quatro horas e meia. Mas, além disso, é claro, preciso chegar três horas antes para preparar as coisas.

Isabela Melo, trabalha em um buffet infantil

Se você está pensando em terminar o ano com um trabalho temporário ou começar 2015 procurando um emprego (lembre-se de que ele deve ser legal e respeitar as normas da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho), aqui vão algumas dicas:

Fui até o shopping com alguns currículos e entreguei nas lojas. Em uma delas, a moça acabou agendando uma entrevista para mim já no dia seguinte. Depois da entrevista, ela me ligou e pediu que eu passasse por três dias de experiência. Se gostasse de mim, me contrataria. Deu certo! Tem que ter coragem e ir atrás.

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Eduarda Poglia, trabalha em uma loja acessórios no Shopping Center Itajaí

Não espere começar já recebendo uma fortuna. Isso não vai acontecer. Mas o pouquinho que você ganha já faz toda a diferença, pois dá pra comprar algumas coisas, sair sem pedir dinheiro para os pais e ter noção do quão importante é cuidar das finanças.

Pâmela Drudi, da Galera CAPRICHO, faz estágio no Fórum de Vinhedo

Você tem que mostrar interesse, insistir. Eu, por exemplo, procurei emprego em vários buffets, mas apenas um me retornou, depois de um mês. Você precisa estar disposta a começar no mesmo dia, caso seja necessário. Precisa ter comprometimento.

Isabela Melo, trabalha em um buffet infantil

“Pesquise bem a loja ou a empresa que você vai tentar uma vaga. Ser vendedora ou atendente não é uma tarefa difícil ou sem glamour. Pelo contrário, é muito gratificante.”

Mariana Oliveira, trabalha na loja do estilista Arthur Caliman

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