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Escola tradicional no Rio de Janeiro libera saia para meninos

O colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, passou a permitir que meninos usem saia na escola, deixando de limitar o que é uniforme feminino ou masculino.

Por Marcela Bonafé Atualizado em 19 jan 2021, 15h36 - Publicado em 20 set 2016, 15h07

Em setembro de 2014, um protesto que ficou conhecido como Saiato começou no colégio Pedro II, do Rio de Janeiro, depois de um aluno ser repreendido por usar saia – que teoricamente era uniforme das meninas. Estudantes de um coletivo LGBT se organizaram e foram todos de saia para a escola na intenção de apoiar o colega, além de se mostrar contra os padrões das “roupas de menina” e “roupas de menino”.

Agora, 2 anos depois, esse mesmo colégio tradicional deu um grande passo na questão de gênero: não existe mais distinção entre uniforme feminino e masculino. Antes as meninas eram obrigadas a usar camisa branca e saia, enquanto os meninos deveriam vestir calça de brim e camiseta branca. Com a mudança, todos têm liberdade para escolher as peças que preferirem!

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“Trata-se de cumprir resolução do Conselho Nacional de Combate à Discriminação LGBT (órgão ligado ao Ministério da Justiça). Eu apenas descrevo as opções de uniforme; deixo propositalmente em aberto, para o uso de acordo com a identidade de gênero”, contou o reitor Oscar Halac ao Estadão.

O responsável ainda se posicionou em relação ao fato da escola ser muito tradicional, dizendo que se trata da capacidade de evoluir e inovar e isso não tem a ver com tradição. Embora a escolha do uniforme tenha sido liberada, por enquanto nenhum aluno alterou as peças – afinal, fora dos muros do colégio ainda existe uma sociedade cheia de preconceitos, infelizmente.

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Tem como não lembrar do Jaden Smith? Ele explicou que usa saias para que as futuras gerações não sofram bullying por causa de padrões de gênero! (Foto: Getty Images)
Tem como não lembrar do Jaden Smith? Ele explicou que usa saias para que as futuras gerações não sofram bullying por causa de padrões de gênero! (Foto: Getty Images)

Essa não foi, no entanto, a primeira mudança da Pedro II a favor das diversas identidades de gênero. Em maio eles passaram a adotar o nome social de alunos transsexuais na lista de chamada. “A escola pública precisa sinalizar que é hora de parar de odiar por odiar”, afirmou Oscar, destacando a existência da falta de tolerância e respeito às diferenças.

O mundo ainda tem muito a avançar nesse aspecto, mas já é legal ver iniciativas com essa aparecendo por aí, né?! Tomara que outras escolas se inspirem! <3 

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