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Em pleno Dia da Mulher, Damares Alves quer que homens nos deem flores

'Nós vamos ensinar os nossos meninos a levar flores para as meninas', disse a ministra em evento oficial de lançamento da campanha #SalveUmaMulher.

Por Isabella Otto 8 mar 2019, 17h16

Então é isso. Depois da polêmica reunião para elaborar o projeto do Dia Internacional da Mulher, em que Damares Alves convidou Augustin Fernandez, um homem, para opinar sobre assuntos que dizem respeito às pessoas do sexo feminino, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos se pronunciou em um evento oficial do Dia Internacional da Mulher, nesta sexta-feira, 8.

Reprodução/Reprodução

No mesmo dia em que a hashtag #TrocoFloresPor era um dos assuntos mais comentados do Twitter e que milhares de mulheres pelo mundo postavam que não queriam flores, mas respeito e igualdade, Damares disse que o governo vai ensinar meninos a darem flores para as meninas e a abrirem a porta do carro. A pergunta de um milhão de reais é: em que mundo ela vive?!

Não há nada de errado em dar flores e em abrir a porta do carro, mas a ministra deveria ter o mínimo de cuidado com a escolha de suas palavras já que, no Dia da Mulher, recusar receber flores é uma espécie de protesto contra a violência diária que as mulheres sofrem diariamente.

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Para completar, a ministra ainda disse que as mulheres não podem ser tratadas iguais aos homens em vários aspectos. “Nós vamos dizer para eles que elas são iguais em oportunidades e direitos, mas diferentes fisicamente e precisam ser amadas”, falou Damares Alves, que questionou o fato de que, ao ver da ministra, se os meninos acharem que meninas são iguais a eles, vão achar que elas aguentam apanham como homens. “Vamos elevar a mulher para um patamar de um ser especial, pleno, um ser extraordinário”, finalizou.

As declarações foram dadas durante o evento de lançamento da campanha “Salve Uma Mulher”, idealizada pela ministra em parceria com colaboradores, como Augustin. O projeto é direcionado a profissionais do ramo da beleza, como maquiadores e cabeleireiros. O intuito é que eles consigam identificar marcar de violência doméstica nas clientes. Confira abaixo o vídeo de divulgação da campanha:

 

 

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