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Corredora luta contra estuprador que tentou violentá-la em parque

"Meu pior pesadelo de corredora se tornou realidade(…) Eu parei para usar o banheiro e eu fui atacada por um homem que estava escondido."

Por Isabella Otto Atualizado em 25 abr 2017, 19h23 - Publicado em 25 abr 2017, 15h37

Kelly Herron é uma corredora americana que vive treinando no famoso Golden Gardens Park, em Seattle, nos Estados Unidos. Em uma de suas mais recentes corridas, um episódio hediondo aconteceu: um cara de 40 anos, identificado como Gary Steiner, a atacou enquanto a corredora saía do banheiro público. Em seu Instagram, Kelly desabafou sobre a tentativa de estupro.

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My biggest running nightmare became reality- 4 miles into my long run Sunday afternoon, I stopped to use the restroom and was assaulted by a man hiding in a stall (that is my GPS in red lines). I fought for my life screaming("Not today, M**F**er!"), clawing his face, punching back, and desperately trying to escape his grip- never giving up. I was able to lock him in the bathroom until police arrived. Thankfully I just took a self-defense class from @fightingchanceseattle and used ALL of it. My face is stitched, my body is bruised, but my spirit is intact. • • #NTMF #fightingchance #runnersafety #marathontraining #selfdefense #fightlikeagirl #nottodaymotherfucker

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“Meu pior pesadelo de corredora se tornou realidade(…) Eu parei para usar o banheiro e eu fui atacada por um homem que estava escondido(…) Eu lutei pela minha vida gritando, arranhando o rosto dele, batendo nele de volta e tentando desesperadamente escapar sem desistir(…) Ainda bem que eu tive aulas de defesa pessoal oferecidas pelo meu trabalho e utilizei isso na prática”, contou a corredora profissional, que prendeu o estuprador no banheiro até a polícia chegar.

Por causa da repercussão do caso – Gary Steiner já estava sendo procurado por outros casos de estupro -, Kelly afirmou que não poderia ficar em silêncio diante do ocorrido: “Eu não poderia ser uma vítima anônima. Existe uma mensagem de sobrevivência que é importante demais para permanecer não dita”.

A frase dita pela corredora após vencer o criminoso acabou se transformando no título de uma campanha antiassédio. “Not today, your moth&rf#cker!” (“Não hoje, seu f1lh# d@ p%t@”) virou estampa de camiseta em diversas partes dos Estados Unidos e foi usada por diversas sobreviventes.

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Seeing the support of this message makes the struggle behind those GPS lines worth it! https://ntmf.myshopify.com/ Thank you for raising awareness and supporting organizations that help #survivors #nottoday #NTMF #empoweringwomen #selfdefense #womensselfdefense #giftsthatgiveback #fightback #runningcommunity #runlikeagirl #fightlikeagirl @faceforwardla @motherbirdbrijet @thesarkwilliams @realself @leemovic @seattlecanuck @kiwithetattooedlady @losingit_withmeggles @runningevolve @pandabearroro @garminfitness

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A esportista recebeu dezenas de comentários enaltecendo a atitude dela e a garra. Contudo, vale ressaltar que é extremamente perigoso para nós, meninas, tentarmos reagir a um assédio nas ruas. É uma realidade cruel, consequência da sociedade machista em que viemos, mas nem todas somos Kelly Herron, tivemos aula de defesa pessoal e teremos sucesso (ou tanta sorte). É por isso que é tão importante andarmos juntas, literalmente. Afinal, assim, bem juntinhas, somos mais fortes.

 

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