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Conheça 7 metodologias de ensino muito diferentes da tradicional

São opções para agradar a diversas personalidades e explicamos cada uma delas

Por Marcela Bonafé Atualizado em 14 nov 2016, 12h05 - Publicado em 14 nov 2016, 12h05

Nos últimos meses acompanhamos em diversos noticiários a questão da Medida Provisória que prevê uma mudança no ensino médio brasileiro. Inclusive, isso levou centenas de estudantes a ocuparem suas escolas como forma de protesto contra o que foi proposto.

O método pedagógico que a maioria dos estudantes está acostumada, tanto nas escolas públicas quanto nas particulares, é o tradicional. Ele tem aulas centradas em um professor, que passa conhecimento e cultura aos alunos. Com isso, a avaliação fica a critério de provas, trabalhos e atividades que acontecem com prazos e servem para medir o quanto do conteúdo o aluno aprendeu – e aí pode haver reprovação.

Atualmente, no entanto, existem escolas que adotam outras propostas de ensino que são bem diferentes do tradicional: algumas não têm provas, outras não dividem por séries e tem ainda as que estimulam que o alunos trabalhem muito o lado criativo. São opções para agradar a diversas personalidades e explicamos cada uma delas.

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1. Construtivista
Como o nome diz, esse método defende que o conhecimento é construído pela própria pessoa, não recebido por meio do professor. Mas isso não quer dizer que nas escolas construtivistas não tenha um professor: a diferença é que ele deve apenas ensinar. O mais importante é que ele oriente seus alunos para uma aprendizagem com autonomia. Isso porque cada estudante é visto como uma pessoa diferente da outra, com seu próprio tempo para aprender as coisas.

Nessas escolas, então, tem muito trabalho em grupo e os alunos são submetidos a várias situações em que precisam pensar e achar possíveis soluções. Assim, quem defende o construtivismo acredita formar indivíduos capazes de inventar coisas novas e de direcionar um olhar mais crítico a tudo. Ah, e também é possível reprovar nessas escolas, hein?!

2. Waldorf
Essa proposta é bem ~diferentona~, mas muito legal. Isso porque, para começar, não existem séries: os alunos são divididos por faixa etária. Durante o ensino fundamental, a turma é a mesma e o professor também – ou seja, não tem como reprovar – e eles aprendem coisas que estimulam o desenvolvimento de outras habilidades. Algumas aulas diferentes são astronomia, tricô, jardinagem e meteorologia. Tudo isso além das matérias obrigatórias, claro.

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As escolas desse modelo se preocupam em trabalhar não só o lado acadêmico, mas o físico, social, ético e individual. Legal, né? Mas tem prova também, principalmente no ensino médio (oi, vestibular). De qualquer forma, também é levado em conta a execução de trabalhos, o empenho, o comportamento e, melhor ainda, a dificuldade de cada um com determinados conteúdos.

3. Montessoriana
O ponto-chave nessa metodologia é que o ensino deve ser ativo. Sua desenvolvedora, Maria Montessori, acreditava que as crianças devem buscar seu próprio aprendizado. Nesse caso, o professor existe para apenas auxiliar na eliminação de quaisquer obstáculos. Na verdade, esse seria o papel de todos os adultos, que deveriam ajudar as crianças a se desenvolverem como pessoas criativas, confiantes e independentes.

Apesar dos alunos terem idades diferentes dentro de uma mesma classe, eles são estimulados igualmente e trabalham muito em grupo. Também são importantes as experiências por meio dos sentidos, com jogos e outros materiais pedagógicos para facilitar que os estudantes entendam o conteúdo. Talvez você já tenha usado o Material Dourado, que é aquela caixa que vem com placas, barras e cubinhos de madeira, para aprender matemática na infância. Esse é um exemplo típico de material usado por eles.

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4. Freinet
Nessa metodologia de ensino, enxergar a criança como parte de um todo, de uma comunidade, é mais importante do que como um indivíduo singular. Por isso, o pedagogo Célestin Freinet acreditava que para aprender é necessário trabalho em grupo e cooperação entre as pessoas. É bem comum que escolas desse tipo levem os alunos para terem aula fora, em outros ambientes, e também que promovam debates para que todos possam progredir e sejam capazes de fazer análises, sem precisar usar muito material didático. Para avaliar os estudantes, os professores consideram o progresso de cada aluno. Além disso, eles também incentivam que as crianças compartilhem o que fizerem na escola com outros amigos, mesmo que sejam de outros lugares, para maior aprendizado mútuo.

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5. Democrática
Essas escolas têm como base a liberdade. Exatamente: os alunos podem escolher que atividades eles preferem fazer de acordo com o que gostam. Se, por exemplo, um aluno quiser aprender física entendendo como funciona uma lousa interativa, ele pode dar essa sugestão em sala de aula. Por isso, os estudantes não são obrigados a assistir às aulas obedecendo um cronograma. Mas aí você se pergunta como toda essa liberdade é avaliada pela escola, né? Simples. Geralmente não têm provas, já que o que importa é a participação e os trabalhos desenvolvidos por cada um – que não precisam ser sempre escritos.

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6. Freiriana 
As escolas que adotam a pedagogia criada por Paulo Freire costumam considerar os aspectos sociais, humanos e culturais de cada aluno para ensinar. A questão chave é o conhecimento, que pode transformar as pessoas que, consequentemente, transformariam o mundo. Ou seja, a transformação é muito importante neste método. Então o professor precisa escutar todos os alunos para ajudá-los a criar confiança e atingir a própria libertação, ao contrário da escola tradicional em que o professor deposita o conhecimento em cima da classe. O método freiriano costuma não prever provas para os estudantes, mas em algumas escolas pode acontecer. 

7. Comportamentalista
A escola que tem uma abordagem comportamentalista tende a passar novos comportamentos ao estudantes e modificar os já existentes, de acordo com a sociedade e o contexto cultural, que são importantes nesse método. Os professores, nesses lugres, têm o papel de planejar um ensino que possa maximizar o desempenho de cada aluno. Uma questão relevante nesse tipo de ensino é a “recompensa” aos alunos, como uma forma de estímulo para aprender cada vez mais. Isso pode ser por meio de elogios, notas e até mesmo prêmios. A avaliação costuma ser feita por meio de provas, como nas escolas tradicionais, para ver se os objetivos propostos foram atingidos.

Você estuda em algum desses tipos de escola? Ficou curiosa para conhecer?

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