Continua após publicidade

Bruna Vieira responde: “Terminei o ensino médio. E agora?”

Bruna Vieira conta como foi sair do Ensino Médio, morar sozinha e começar no mercado de trabalho

Por Isabella Banzatto Atualizado em 26 ago 2016, 20h21 - Publicado em 26 ago 2016, 20h17

Está terminando o Ensino Médio e não sabe o que esperar do que vem pela frente (faculdade, cidade nova, ambiente novo)? Nada melhor do que receber conselho de alguém que já passou por isso, né? A queridíssima Bruna Vieira esteve nesta sexta-feira (26/8) na Feira Guia do Estudante dando dicas de como enfrentar essa nova fase. Sempre muito fofa, Bru abriu o coração para falar como foi a transição dela para o mercado de trabalho, sobre sua mudança de Leopoldina, Minas Gerais, para São Paulo e os perrengues que passou nos primeiros anos na cidade. Olha só o bate-papo que tivemos com ela! <3

Foto
Foto Mariana Pekin

Como foi sua experiência de fazer o ensino médio junto com o curso técnico (CEFET) e entrar no mercado de trabalho logo depois?

BRUNA VIEIRA: A experiência (do CEFET) foi bem parecida com faculdade, porque o curso técnico não tem uma cobrança igual a da escola. Você precisa ser o dono do próprio nariz igual na faculdade. Isso me ajudou a amadurecer muito, porque tive que lidar com a responsabilidade de fazer as tarefas, os trabalhos e tudo o mais. Em paralelo, eu tinha o blog, o que me ajudou muito naquela época porque eu descobri a área (profissional) que eu queria seguir.

Na sua trajetória com o blog, você passou por muitas transições. Mudou de Estado, foi morar longe dos pais e dos amigos… Como lidou com isso e que dica daria para quem quer fazer faculdade fora?

BRUNA: Eu achei que fosse amar mudar pra São Paulo, por causa da vida agitada, independente, na cidade grande… Mas quando cheguei aqui, sentia falta dos meus pais, porque sou uma pessoa muito caseira. No terceiro mês já queria trazer meus pais pra cá, então coloquei isso como objetivo e hoje eles moram aqui também. A internet me ajudou muito. Todo final do dia eu ligava o Skype pra falar com a minha mãe e isso foi muito importante, porque ela sempre me deu muito apoio.

Qual foi a maior dificuldade que você passou ao deixar sua casa?

BRUNA: O custo de vida em São Paulo é totalmente diferente do que o de uma cidade pequenininha do interior. Eu vim pra cá com 5 mil reais na conta e achei que isso fosse durar uns 5 anos. (risos) Quando cheguei aqui, vi que precisava de mais dinheiro pra viver. Tive muita sorte por já chegar trabalhando e fazendo o que gosto, então no primeiro ano eu já tinha alguma estabilidade pra juntar dinheiro e dar entrada no apartamento, sair do aluguel e me manter.

O que te manteve firme no caminho de continuar em São Paulo e seguir seu sonho?

BRUNA: Eu sempre gosto de ter algo maior pela frente. Quando cheguei em São Paulo, meu desafio era ganhar grana pra viver aqui, depois foi pagar meu apartamento, depois juntar dinheiro pra construir a casa pros meu pais… Agora que a casa ficou pronta, meu próximo objetivo é morar fora e estudar pra melhorar o conteúdo que eu já faço. Quando você tem sempre algo maior, não se perde na fase que está vivendo.

Em que momento você se sentiu reconhecida pelo seu trabalho?

BRUNA: Quando me mudei pra São Paulo, o blog tinha uns 15 mil acessos por dia e isso na época era bastante para um blog adolescente. Eu ia em eventos com gente mais velha e me sentia perdida. Com o tempo, as meninas me paravam na rua pra elogiar o blog e ai eu fui entendendo a proporção de tudo, o número de acessos foi aumentando. Quando você vai a um evento e alguma menina te diz “você me inspirou” ou “você me ajudou em um momento difícil com o seu livro”, é quando é o mais gratificante.

Texto: Isabella Banzatto

Publicidade