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Aprovados da Emma Watson: Dez livros lidos e indicados pela atriz

Ela já até espalhou alguns exemplares pelos metrôs de Londres para incentivar a leitura!

Por Marcela Bonafé Atualizado em 25 jan 2017, 13h30 - Publicado em 25 jan 2017, 13h30

Como Embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres, Emma Watson passou a ler mais livros e artigos sobre igualdade de gênero. Foi então que ela teve a ideia de criar o Our Shared Shelf, que é basicamente um grupo de leitura virtual em que a cada mês as participantes leem um livro e discutem sobre ele. A atriz costuma postar perguntas, citações e outras coisas legais para começar a discussão entre quem quiser colaborar e, às vezes, o debate conta até com a participação das próprias autoras!

O livro que começou o ano de 2017 foi Os Monólogos da Vagina, da Eve Ensler. A autora conversou com 200 mulheres, de diferentes idades e nacionalidades, e percebeu que o assunto vagina ainda é considerado tabu por muitas delas. Então, no livro, resolveu contar várias histórias diferentes, comoventes e que tratam da questão da mulher com o próprio corpo.

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@oursharedshelf's Jan & Feb book is #TheVaginaMonologues by Eve Ensler

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Antes desse, outros 9 livros já foram parte do Our Shared Shelf e te contamos quais são, caso você queira correr atrás deles e começar a acompanhar o projeto da Emma a partir de já!

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1. All About Love: New Visions, da Bell Hooks
O livro traz uma reflexão muito profunda sobre o que é de fato o amor. A autora coloca uma visão sagrada, redentora e que pode ser a cura para indivíduos e para toda uma nação, ultrapassando o ideal de amor que está sempre ligado ao sexo e ao desejo. “A palavra ‘amor’ é, na maior parte do tempo, definida como um substantivo, ainda… nós todos amaríamos melhor se a usássemos como um verbo”, Bell escreve no livro. Profundo, né?! Vale muito a leitura!

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2. A Cor Púrpura, da Alice Walker
Discriminação racial e sexual são os temas mais abordados do livro que ganhou o Prêmio Pulitzer em 1983 e inspirou um filme dirigido por Steven Spielberg. O romance conta a história de uma mulher negra, pobre e quase analfabeta chamada Celie, que foi abusada pelo padrasto desde a infância e, depois, pelo marido. A história fica mais sensível ainda por meio das Cartas que a personagem escreve e de algumas experiências de amor e amizade que ela vivencia. Vai ter que ler para descobrir!

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3. The Argonauts, da Maggie Nelson
A autora é mãe por inseminação artificial, madrasta, mulher de um homem transgênero chamado Harry Dodge e professora universitária, e no livro ela conta seu dia a dia com todos esses detalhes, trazendo vários questionamentos sobre a sociedade. O mundo não é simples e não existem apenas dois extremos: têm muitas possibilidades entre eles, não apenas nas questões de gênero, mas em tudo o que uma pessoa sente e escolhe ser – e é muito legal entender isso durante a leitura.

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4. My Life on the Road, da Gloria Steinem
Feminista reconhecida no século XXI, durante a infância, Gloria costumava viajar muito pelos Estados Unidos no inverno com a família. Quando atingiu a vida adulta, esse estilo de vida não mudou muito: ela não passa mais que oito dias dentro da própria casa. Já foi para a Índia estudar, se infiltrou na mansão da Playboy para fazer um trabalho como jornalista, fundou uma revista feminista em seu país, além de se envolver com diversas campanhas políticas e movimentos ativistas. Ou seja, o livro é um retrato da realidade por um ícone que tem muito o que ensinar.

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5. Mom & Me & Mom, da Maya Angelou
A autobiografia foca na relação da autora com sua mãe. Mas não é tão simples assim, na verdade é bem profundo. Vivian Baxter, mãe de Maya, viu seu casamento começar a ruir e enviou a filha com apenas 3 anos, acompanhada do irmão mais velho, para viver com a avó. Conforme você lê, consegue conhecer os sentimentos de uma criança que foi abandonada pela mãe. No entanto, não é assim até o fim do livro. A autora retrata o reencontro dez anos depois e a construção de uma relação que envolve amor e respeito, com altos e baixos que moldaram sua vida.

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6. Persépolis Completo, da Marjane Satrapi
A edição conta com as quatro partes da história em quadrinhos que fala sobre a autora iraniana. Quando criança, ela assistiu ao começo da revolução que colocou o Irã nas mãos dos xiitas e isso contrasta muito com sua vida privada, em meio a uma família moderna. Lendo, é possível acompanhar a questão política radical no país, o afastamento de Marjane da família indo estudar em outro lugar, a volta conturbada ao Irã e a escolha de deixá-lo, tudo isso conforme ela cresce. Vale a pena conhecer essa transição de vida diferente do que estamos acostumado a ver.

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7. How to Be a Woman, da Caitlin Moran
Ao mesmo tempo que traz memórias autobiográficas, o livro também tem um ar de artigo de opinião da autora. Hoje as mulheres já podem votar, tomar pílula anticoncepcional e deixaram de ser queimadas como bruxas, mas ainda há muito a avançar. Às vezes, no dia a dia, surgem questionamentos sobre ser mulher, desde questões simples como os sutiãs machucando, até momentos mais marcantes da vida como a maternidade. Caitlin vai discorrendo sobre isso, inclusive por meio de histórias que vivenciou, enquanto conversa com os leitores sobre feminismo.

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8. Half the Sky: Turning Oppression into Opportunity for Women Worldwide, da Sheryl WuDunn com o Nicholas Kristof
O livro chama atenção para a luta contra uma violação dos direitos humanos que é muito recorrente no mundo em desenvolvimento: a opressão a mulheres e meninas. Os autores premiados servem como guias por uma viagem pela Áfria e pela Ásia, contando histórias da luta das mulheres por lá. Tem uma mulher da Etiopia que carrega cicatrizes de uma infância horrível, uma adolescente da Cambodia que foi vendida como escrava sexual… mas eles também fazem questão de mostrar como uma pequena ajuda pode mudar a vida dessas mulheres. Afinal, nós sempre nos perguntamos o que podemos fazer, né?!

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9. Hunger Makes Me a Modern Girl, da Carrie Brownstein
Conheça a Carrie Browstein por trás da estrela da música que é hoje. Quando criança, ela buscava sua identidade e seu lar, e encontrou os dois enquanto passava pela experiência de uma apresentação ao vivo. A guitarrista e vocalista, junto de suas colegas de banda, vivenciou o movimento punk-rock feminista dos anos 90 e, na música, resistiu às rotulações e mudou algumas noções sobre a questão de gênero no rock. Dá para se inspirar bastante!

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Para se inscrever e participar das discussões do Our Shared Shelf, você só precisa se inscrever no site do goodreads ou acompanhar o site da CAPRICHO, pois estamos sempre acompanhando os passos de leitura da Emma.

E aí, O que achou dos livros escolhidos até agora? Já leu algum? Ficou com vontade?

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