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A tal da perfeição: por que ser quem a gente é está cada vez mais difícil?

Por Da Redação Atualizado em 17 ago 2016, 17h08 - Publicado em 19 fev 2016, 14h58

Andei percebendo pelo mundo lá fora, e principalmente nesse mundo da internet, que ser quem a gente quer ser está cada vez mais difícil. Eu não entendo por que as pessoas insistem em querer agradar alguém que não tem nada a ver com a sua vida, e que praticamente te obriga a ser alguém quem você não é.

Desde que vi o discurso da Ellen DeGeneres no TCA 2015 (choremos), eu andei pensando: “Nossa, é tão difícil ser quem a gente é”. E eu continuo sem entender o motivo de as pessoas isolarem seus defeitos e, muitas vezes, suas qualidades, só para seguir um certo “padrão” imposto por sei lá quem. O mundo e a sociedade sempre vão colocar defeito em alguma coisa. Se você é magra demais, eles vão falar. Se você é gorda demais, eles vão falar. E, querendo ou não, todos nós temos defeitos. Mas sabe o que ferra mesmo a sociedade? É essa limitação de só conseguir enxergar o defeito das pessoas e taxá-los.

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Claro que é muito fácil chegar aqui e quebrar o pau em cima da sociedade. Isso de “sociedade opressiva” já é uma questão bem antiga, mas ela vem melhorando aos poucos. O homossexualismo já é visto de uma forma natural, pelo menos para a maioria das pessoas. O feminismo está aí, cada vez mais forte. E o que eu mais estou gostando de ver são as pessoas se aceitando e não tendo vergonha de se assumirem diferentes ou até mesmo estranhas.

A vida inteira fui conhecida como a maluca da turma. Antes, isso me incomodava, porque eu não entendia o que de tão maluco eu fazia. E foi então que eu entendi que ser maluca, para mim, é normal. Eu simplesmente faço o que eu gosto, e nem percebo que isso é “estranho”.

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Sim, eu tive aquela época de tentar me encaixar nos grupinhos da escola, de molhar o cabelo na aula de educação física e falar sobre garotos (coisa que eu não fazia ideia de como lidar). E depois de um tempo, eu percebi que eu era MUITO legal para me encaixar em qualquer grupo já existente (ok, isso foi apenas uma brincadeira. Hahaha). Mas vem cá! Já parou para pensar que você pode ser MUITO legal para seguir esses padrões? Sério! Crie seus próprios padrões e suas próprias regras. Quando o assunto é autoestima, nada é proibido.

Eu andei recebendo muitas mensagens de pessoas que estão se escondendo cada vez mais, apenas para agradar as pessoas ao seu redor. Eu acho isso totalmente insano! E não de um jeito bom. É claro que nesse mundo de hoje, com tanta mídia e comunicação, a gente acaba se inspirando em uma coisa ou outra e se jogando nas tendências. Mas se tem uma coisa que eu defendo é: a maior tendência, seja de moda, de comportamento ou de beleza, é ser você mesmo.

Você, por acaso, já parou para pensar nas suas qualidades? Eu, por exemplo, sou apaixonada por manchinhas e pintas na pele. Quando eu descobri que tenho duas idênticas perto do olho, eu pirei! Mas, né, não preciso nem dizer que sai gente até do teto dizendo que era algo estranho. E daí se realmente for? Eu não ligo. Se eu gosto das minhas manchinhas, é o que importa!

E isso vale para tudo. Se você gosta do seu corpo, do seu cabelo, da sua voz, das suas piadas… Mostre isso para o mundo! É tudo seu. E tudo que é seu, é especial. Não deixe ninguém dizer o contrário ou te deixar para baixo por causa disso. “Tenha orgulho de ser diferente. Tenha orgulho de ser quem você é”, já diria a Ellen.

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Lembrando que, caso vocês tenham algum problema e queiram desabafar, eu sempre vou estar aqui para tentar ajudar e dar alguns conselhos. É só me procurar no Instagram ou no Twitter.

E antes de retornarmos à busca incessante pela perfeição, lembre-se: você já é perfeito.

Tamo junto,
Bá Morais

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