
Noah Centineo é o protagonista de O Date Perfeito Reprodução/Netflix
Se você é uma daquelas pessoas que ama qualquer comédia romântica, O Date Perfeito, que chega à Netflix nesta sexta-feira (12), é uma ótima escolha para assistir em um fim de semana à noite, com direito a pipoca e brigadeiro. Agora, se você é um pouco mais seletiva quanto a esse gênero, talvez o filme não deva entrar como um dos primeiros na sua lista.
Estrelada por Noah Centineo e Laura Marano, a produção conta a história de Brooks (Noah), um garoto que sonha em estudar em Yale, uma das faculdades mais renomadas dos EUA, mas tem dificuldades financeiras que o afastam desse projeto. Um dia ele tem a ideia de criar um aplicativo para ser o acompanhante das meninas que precisarem de um boy para qualquer coisa! Elas podem escolher sua roupa, seu estilo, seus gostos e sua personalidade dependendo do que desejarem – a única coisa que não rola é qualquer tipo de contato mais íntimo.

A história tem uma sacada legal, que é a criação do aplicativo, e conta com um bom elenco, mas não entrega muito além disso. Noah e Laura, que já contracenaram juntos em Austin & Ally, não têm uma química tão forte para viverem um casal, embora funcionem bem como amigos. Tudo bem que estamos muito acostumadas a ver o boy com Lana Condor, com quem a química foi 101%, mas mesmo assim, parece que algo simplesmente não está certo entre os dois e, querendo ou não, esse aspecto conta muito para o envolvimento com a história.
Já a amizade de Brooks com Murph é um dos pontos altos da trama, pois garante momentos engraçados e nos faz refletir sobre temas importantes sobre amizade e sexualidade. Dá para ver que Noah e Odiseas Georgiadis têm uma vibe muito boa juntos. E vamos combinar que a brincadeira com o cara do sanduíche de atum é maravilhosa. Alguém nos conta o nome do moço! Hahaha.

Por falar em relações, a que Brooks tem com seu pai é um verdadeiro enigma. O filme não deixa clara qual é a situação real entre eles e a gente fica sem saber o que pensar. O pai tem depressão? Está desempregado? Como ele se sustenta? Muitas pontas ficaram soltas e temas importantes como esses que foram levantados foram deixados totalmente de lado no final, o que é uma pena.
O melhor do longa, no fundo, é realmente a moral da história, de que sempre vale mais ser quem você é de verdade. É um ensinamento clichê? Sim, mas não deixa de ser válido, né?
Por Mel Trench
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info
- Direção: Chris Nelson
- Duração: 99 minutos
- Recomendação: Livre
- País: Estados Unidos
- Ano: 2019