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O show de lançamento de Bluesman, do Baco Exu do Blues, foi de transcender

Aniké Pellegrini, da antiga Galera CH, conta como foi assistir ao show de um de seus artistas favoritos

Por Aniké Pellegrini 27 fev 2019, 20h15

Oi, pessoal, tudo bem? Eu sou a Aniké Pellegrini (@keke_bp), vocês devem se lembrar de mim da Galera CH anterior. A CAPRICHO me convidou para vir aqui falar sobre rap, um assunto que não costuma ser tão relacionado às meninas, mas deveria, porque não sou a única que gosta, né?

Na última sexta-feira (22/2) fui ao show de lançamento do álbum Bluesman, do Baco Exu do Blues, e não poderia ter saído de lá mais realizada. Ir a um show do Baco era uma das minhas metas assim que eu completasse 18 anos, já que em geral as apresentações dele são censuradas para menores de idade.

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O show durou cerca de duas horas e contou ainda com a participação da banda Tuyo, que cantou com ele as músicas Flamingos – uma das mais adoradas pela facção carinhosa (como são chamados os fãs do Baco) – Me Desculpa Jay-Z e Girassóis de Van Gogh, do álbum novo.

O setlist trouxe ainda algumas faixas adoradas pelo público, como Preto e Prata, usada por Baco para convocar o famoso “bate-cabeça” (quando o artista pede para a plateia abrir um buraco na pista e, na hora que a música chega ao ápice, todo mundo pula pra dentro, causando o maior empurra-empurra). Desta vez preferi não estar no meio porque esse foi o primeiro show dele que eu presenciei, mas como quando a gente alcança meta, nós dobramos a meta, o meu objetivo agora é ir a outra apresentação para estar no meio desse momento de muita energia. Rs.

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Bem fotinha de show Desfocada com luzes de palco ao fundo. artista fotógrafa: @stellachidozie_

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Além de cantar as músicas de Bluesman, Baco também soltou a voz com algumas faixas de seu álbum anterior, Esú, uma chuva de críticas sociais e referências das mais diversas mitologias – referências essas que inclusive estão no próprio nome do cantor. Baco é um deus romano similar a Dionísio e Exu é uma entidade das religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda.

As letras do cantor têm sempre um ponto em comum: são profundas, lotadas de sentimentos e intensidades. Em mim, particularmente, elas provocam todos os sentimentos ao mesmo tempo. Todo mundo tem um artista ou uma música que não canta ou decora, mas sente e transcende, certo? É isso que me causam os álbuns de Baco.

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a beleza é dolorida ou são casos de dores bonitas?

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Também não posso deixar de falar, claro, das maravilhosas backing vocals, Bianca e Aisha, que fizeram o show ser ainda mais profundo e brilhante. Bibi (@bibi.caetano), musa paulistana, até contou para gente como é fazer parte do show: “No palco, eu e Aisha não somos vozes sem presença. Nosso trabalho se relaciona com os outros setores que montam o show, seja cantando, recrutando, cuidando dos arranjos do suporte vocal e do styling da banda. É emocionante ver do palco como as pessoas que assistem ao show vivem e cantam seus próprios sentimentos”, completou. Demais, né?

E por favor não se esqueçam:

“Não sou obrigado a ser o que vocês esperam! Somos muito mais!
Se você não se enquadra ao que esperam
Você é um bluesman”.

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