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Música de MC Diguinho que sugere estupro é excluída do Spotify

A música, que também foi banida do YouTube, fala sobre embebedar garotas, transar e depois abandoná-las na rua

Por Gabriela Zocchi Atualizado em 18 jan 2018, 16h36 - Publicado em 18 jan 2018, 16h24
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Divulgação/CAPRICHO

A música Só Surubinha de Leve, do MC Diguinho, gerou muita polêmica nas redes sociais nos últimos dias. O funk, que estava em primeiro lugar na parada Brazil Viral 50, do Spotify, trazia versos que falavam sobre embebedar garotas, transar e depois abandoná-las (“taca bebida, depois taca pica e abandona na rua”) e, por isso, foi apontada como uma forma de apologia ao estupro.

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MC Diguinho, o dono da música Só Surubinha de Leve Reprodução/Instagram

Depois de receber muitas críticas, na última quarta-feira (17) o Spotify resolveu excluir a faixa de suas plataformas. “Contatamos a distribuidora da música Só Surubinha de Leve a respeito do ocorrido e fomos informados que a faixa será retirada da plataforma nas próximas horas, uma vez que o tema foi trazido à nossa atenção. A música está atualmente no Top Viral pois teve um pico de consumo nos últimos dias”, explicou a plataforma de streaming por meio de um comunicado. A Brazil Viral 50 mostra as músicas com maior crescimento de audições e é atualizada diariamente.

Ainda segundo o Spotify, o catálogo deles “é abastecido por centenas de milhares de gravadoras, artistas e distribuidoras em todo o mundo. Eles são devidamente avisados sobre nossas diretrizes e são responsáveis pelo conteúdo que entregam”.

PROTESTOS

As críticas à música de MC Diguinho ganharam destaque depois que a estudante Yasmin Formiga postou uma foto em que aparecia segurando uma placa com o trecho da música citado acima e usando uma maquiagem que sugere agressão. “Sua música ajuda para que as raízes da cultura do estupro se estendam”, escreveu.

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O cantor, então, respondeu às críticas no Twitter da seguinte forma: “Se a minha música faz apologia ao estupro, prazer sou o mais novo estuprador. Apenas fiz a música da realidade que vivo e muitos brasileiros vivem. Viva a putaria!”

Mais tarde, ele apagou o post e sua equipe subiu uma nota de esclarecimento nas redes. “MC Diguinho reconhece o conflito de informações devido toda repercussão, o mesmo informa que em sua residência mora com a sua mãe, irmãs e uma sobrinha. Jamais iria denegrir a honra e moral das mulheres. Em respeito a tudo isso, a música será lançada na versão light sem mais”, diz o comunicado.

https://twitter.com/mcdiguinho/status/953762038811123712

A música de MC Diguinho também foi excluída do YouTube. O vídeo com o áudio original da faixa tinha 14 milhões de visualizações desde seu lançamento, em dezembro deste ano.

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