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Luba questiona discurso sobre feminismo de Kéfera no Encontro e ela rebate

O youtuber decidiu falar sobre lugar de fala e liberdade de expressão e Kéfera respondeu no Twitter

Por Da Redação Atualizado em 19 dez 2018, 12h13 - Publicado em 18 dez 2018, 13h01

As polêmicas de 2018 só acabam quando terminam, minha gente! Nesta semana, o Twitter foi tomado por uma discussão entre os youtubers Kéfera e Luba.

Tudo começou por causa da presença da interprete de Mariane, da novela Espelho da Vida, no Encontro com Fátima Bernardes na semana passada. Durante o programa, um dos homens que estava na plateia entrou no debate sobre feminismo e deu a entender que, na prática, o movimento não funciona muito bem.

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Reprodução/Globo

Na teoria, elas falam: ‘nossa, temos que respeitar, tem que ser isso, tem que ser aquilo’, mas na prática começam as agressões”, disse ele. “Isso, por exemplo, foi numa rede social: um cara falou assim: ‘Sou trabalhador, carrego um monte de cimento, sou muito mais forte que as mulheres’, opinião dele, e ele ainda acrescentou: ‘Elas deveriam me valorizar’. Nossa, parecia que ele tinha mexido com uma colmeia”, completou o convidado.

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Kéfera então rebateu o comentário. “O que você está fazendo é mansplaining, que é o homem explicar o feminismo para a mulher. Não é necessário, a gente sabe muito bem o que é feminismo, e a gente entende o seu ponto de vista, só que é desnecessário”, argumentou ela.

Quando o homem tentou se justificar interrompendo a fala dela, Kéfera continuou: “agora você está manterrupting, que é quando você tenta interromper uma mulher explicando feminismo pra vocês. Wallace, entenda. Não é o seu lugar de fala. Você pode ouvir, complementar e nos respeitar, mas você não tem que ensinar para a gente”.

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A discussão gerou um debate ainda maior nas redes sociais e agora Luba decidiu entrar na onda e dar sua opinião sobre o assunto. Em um vídeo postado em seu canal neste fim de semana, o youtuber quis argumentar sobre lugar de fala e liberdade de expressão.

Após assistir e comentar o vídeo do Encontro, ele falou: “Dizer ‘você é um homem, logo você não pode falar sobre isso comigo’ é um argumento falso, é uma falácia chamada argumentum ad hominem, que é quando você tenta atacar a pessoa que está argumentando em vez de atacar o argumento que ela está usando. Se você precisa atacar uma pessoa e não consegue debater contra o argumento dela, talvez você mesmo não endente (sic) do que está falando ou o que está tentando defender”.

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Luba continuou: “Outro problema que eu tenho com esse tipo de falácia é que, por mais que você não goste da pessoa, por mais que acredite estar certo e acredite que tal pessoa não tem qualificação suficiente para falar sobre o que ela está falando, ela pode, sim, falar sobre o que ela quiser. (…) É lugar de fala dessa pessoa se expressar, sim. Porque todos nós estamos sob a mesma Constituição, que protege o direito de liberdade de expressão”.

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Luba se viu no direito de comentar o vídeo em que Kéfera fala sobre mansplaining. Rs. Reprodução/YouTube

Kéfera, claro, não ficou quieta e voltou a defender seus argumentos no Twitter. Ela respostou um link que falava sobre o novo vídeo de Luba e escreveu: “só consigo pensar numa coisa, será que vocês adivinham? Manspl____ (vocês completam o restante). Um homossexual branco que não acredita em lugar de fala definitivamente está fazendo um desserviço a todos, uma pena. Mas acredito na evolução de todos. Boa sorte, Luba”.

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Ela ainda respondeu vários comentários da galera sobre a briga. “Homossexuais brancos: se vocês tiram a visibilidade de causas importantes baseados na ‘tudologia’ que vocês estudam taaaanto, dica: repense. (sic) É desserviço. O que acharia de um hétero te representando no movimento LGBT? Então…”, argumentou Kéfera.

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Ela explicou ainda que acredita que todos podem, sim, conversar sobre feminismo, mas que um homem não deve assumir o protagonismo em uma discussão sobre o assunto. “Podemos ouvir e conversar COM. Não no lugar da pessoa. Entender lugar de fala é isso. Até onde você não vai invisibilizar a pessoa e sua vivência para argumentar algo que você não vive”, explicou.

O que você achou disso tudo?

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