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Com Electric Light, James Bay se joga sem medo no pop

Segundo álbum do britânico traz sonoridade bem diferente de sua estreia Chaos and the Calm (2015)

Por Bruno Dias 24 Maio 2018, 17h36

Quando estourou em 2014, com o hit Hold Back the River, James Bay tinha um ar todo misterioso, que combinava com sua imagem de guitarrista solitário, daqueles que sentam em escadarias de metrô, jogam o chapéu (que era sua marca registrada) no chão e conquistam o público com canções de amor folk, quase soul.

Quatro anos se passaram e aquele Bay que foi indicado ao Grammy Awards 2016 e levou, no mesmo ano, o BRIT Awards de melhor artista masculino britânico, mudou e não foi pouco. O chapéu foi embora, as roupas receberam um belo upgrade. Fora isso, de lá pra cá ele abriu shows da The 1989 Tour, de Taylor Swift, tocou com Justin Bieber no BRIT Awards 2016, e agora se juntou ao produtor Paul Epworth (Florence + The Machine, Rihanna, U2 e Adele), que levou sua sonoridade para um caminho bem mais pop.

O próprio James Bay revelou que Electric Light seguiria um rumo bem diferente de Chaos and the Calm (2015), tendo como influências Frank OceanWild Love e Stand Up (que também lembra outro James, o Blake) são a prova disso, principalmente pelos efeitos nos vocais e pitadas eletrônicas -, e Prince, que ecoa em Fade Out.

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Capa de Electric Light Reprodução/Instagram

Apesar de se aproximar cada vez mais do pop, ele ainda manteve uma certa essência, como são os casos de Us (que funcionaria na voz de Adele, culpa de Paul Epworth) e I Found You, ambas baladas com coral gospel, talvez as canções que mais se aproximam do Bay do passado, mas já com um pé no presente.

Slide e Just For Tonight devem agradar os antigos fãs, que certamente vão se assustar com Electric Light, álbum em que James Bay mira um mercado mais amplo, se jogando sem medo no pop.

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