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Cauã Reymond está solteiríssimo!

Cauã Reymond fala pela primeira vez sobre a nova vida de solteiro com paparazzi na cola, "ficantes" que nunca ficaram com ele e supermercado para fazer.

Por Da Redação Atualizado em 16 ago 2016, 18h31 - Publicado em 22 jul 2013, 18h56

Espera, deixa eu tirar as coisas para você sentar.” Cauã Reymond abriu a porta da Cherokee dele para mim, na saída do estúdio onde fizemos as fotos desta edição, para me dar uma carona até em casa. Precisou jogar para trás as várias blusas, roteiros, a mochila que estava ocupando o banco da frente, para eu me instalar. Tinha ainda duas pranchas de surfe entre os dois assentos – “Uma é velha, para eu dar para um menino que mora na Rocinha”, explicou o ator. A bagunça no carro do Cauã é uma ótima amostra de como está a vida dele agora. “Estou aprendendo a ser dona-de-casa, a organizar as minhas coisas.” Depois de três anos casado e dividindo a casa com a atriz Alinne Moraes, ele está solteiro desde novembro. Primeiro ficou hospedado na casa do amigo Pedro Neschling, mas há dois meses se instalou no próprio apartamento e contratou uma secretária para cuidar de tudo. Mas cuidar da casa não foi a única novidade na vida de Cauã.

Desde que anunciou a separação, ele tem vários fotógrafos na cola dele, 24 horas por dia. “Na semana passada, fui ao casamento de um amigo, num sítio que fica a três horas do Rio. Dois fotógrafos me seguiram até lá, acredita? Já ficamos até conhecidos. Eles dizem que só vão me deixar em paz quando conseguirem me fotografar beijando alguém.” Segundo o ator, os tais fotógrafos vão passar muito tempo atrás dele, porque ele não pretende beijar ninguém em público. “As pessoas esperam que eu saia ficando com um monte de meninas, porque sou jovem, famoso. Mas não sou assim. Preciso de um tempo para digerir a separação. E não sou de ficar com alguém na rua, na frente dos outros.” Para quem está curiosa para saber se, longe dos olhos públicos, Cauã já ficou com uma menina depois que se separou da Alinne, ele diz: “A gente encontra um jeito de fazer as coisas que são importantes para a gente.”

A notícia da separação pegou todo mundo de surpresa. A decisão foi repentina? Rolou briga ?

Não, de jeito nenhum. Foi superamigável. Tanto que a gente continua bem, se fala e tudo. Acho a Alinne uma pessoa maravilhosa, uma das mulheres mais bonitas que já habitou o Brasil e o mundo. E é claro que foi uma decisão muito bem pensada. Ninguém sabia disso, a coisa pegou todo mundo de surpresa, porque esse tipo de coisa a gente não discute em público. Nunca discutiria. Até alguns amigos ficaram surpresos. Eu não gosto de ficar discutindo esse tipo de coisa. Acho que é uma decisão que eu tenho de tomar comigo mesmo.

Nem com a família você discutiu?

Não. Era coisa minha.

Você e a Alinne sempre foram rotulados como o casal mais lindo e perfeito da tevê. Isso colocava um peso a mais na relação?

A imagem pública pesa, sim. E, no meu caso, minha imagem vinha sempre acompanhada à imagem da Alinne. Então acho que pesa em dobro, sim. Ao mesmo tempo, esse peso está dividido em dois. Nós segurávamos a bomba juntos. Ser chamado de um casal legal nunca atrapalhou. Porque lidávamos com isso juntos.

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Quando você decidiu separar e saiu de casa, foi morar com o Pedro Neschling, e não com a sua mãe ou seu pai. Por que preferiu ficar com um amigo?

Eu morei muito tempo sozinho, até fora do Brasil. Para mim é importante estar sozinho para amadurecer alguma idéia. Minha família é muito low profile, sempre trataram a Alinne como uma pessoa normal, querida, e nunca interferiram na minha vida. Mas achei que precisava ficar sozinho. E sabia que na casa de um amigo seria assim. Quem dá um novo passo precisa amadurecer. Eu precisava aprender a pagar minhas contas, arrumar minhas coisas, organizar meus CDs, tudo sozinho…

E como foi a divisão das coisas?

Não houve divisão. Minhas coisas sempre foram minhas. E as da Alinne, da Alinne. Isso foi muito simples. Tínhamos tudo muito bem definido, até porque sempre achamos a individualidade muito importante.

Agora você já está num apartamento só seu?

Já me instalei. É legal ter que fazer as pazes com a solidão. Um dia me disseram uma coisa genial: “Quando você conseguir ficar uma sexta-feira em casa, vendo tevê ou lendo um livro, sozinho, sem ficar ansioso, na maior tranqüilidade, você passou no teste da solidão”. Bom, eu acho que eu estou passando. O domingo, pelo menos, eu curto em casa. Pego minha coleção de DVDs e fico vendo cenas de que eu gosto. Fico viajando.

O que é mais difícil em ser dono-de-casa?

Pagar as contas em dia. Porque esqueço as datas de vencimento, perco as contas… Agora tenho uma pessoa que cuida disso para mim, uma secretária em casa, a Graziela. Ela faz supermercado, arruma tudo.

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E como é lidar com as namoradas que arranjam para você? Você já teria ficado com a Paola [Oliveira] e, agora, com a Cleo Pires. O que tem de verdade nisso?

Nada. A Paola tem até namorado, nunca rolou nada entre a gente. As pessoas confundem, por causa da novela. É normal tentarem plantar isso, por causa das nossas cenas juntos. Já a Cleo eu conheço só de “oi” e “tchau”, nada mais. A gente desfilou junto estes dias, mas eu mal a vi. O lance é que querem arranjar alguém para mim… Mas eu não vou mudar minha vida por causa disso. Ontem mesmo eu fui a uma festa da figurinista da novela e dei carona para uma amiga, filha do Denis Carvalho [diretor]. Avisei antes mesmo que ela ia ser fotografada comigo. Ela disse que tudo bem. Mas nós dois assustamos quando saiu um cara debaixo de um carro, batendo foto…

É verdade que uma vez disseram que você estava pegando a namorada de um amigo do Pedro Neschling?

É, olha o absurdo. Eu estava saindo de um show com o Pedro, o amigo dele e a namorada do cara. No dia seguinte saiu que eu estava com a menina, no show. Sorte que o cara era muito tranqüilo, tirou sarro da notícia e tudo. Porque ele estava lá, né, viu que a coisa foi hilária. Rimos juntos. Mas e quando isso acontecer com a mulher de um cara que eu nem conheço?

Já entendi que você não vai ficar com nenhuma menina em público, na frente das lentes dos paparazzi. Mas e longe delas, já deu para ficar com alguma menina, depois da separação?

Claro que sim, né. A gente encontra um jeito de fazer as coisas que são importantes para a gente. O que posso dizer é que estou feliz, muito tranqüilo. Não tenho raiva por causa dos paparazzi. E sei que eles não vão ficar na minha cola por muito tempo…

Como é ser solteiro de novo, depois de três anos casado?

Olha, a coisa mais complicada para mim em ser solteiro de novo é lidar com o meu pudor. Não sou tímido, mas sempre que conheço alguém rola um certo pudor da minha parte. Paquerar, ficar relaxado, sempre foi meio difícil para mim. Melhorou, mas ainda é. Mas, ao mesmo tempo, sou um cara muito determinado. Quando quero alguma coisa, vou atrás. Não tem parada. Se eu achar que aquela é a mulher, vou atrás com pudor ou sem pudor. Nada me pára.

Nem com os paparazzi no seu pé?

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Ah, aí sim. Não vou fazer nada na frente deles. Mesmo que eu esteja a fim. Até porque, quando eles estão de olho, eu não sou mais exatamente eu. Não rola nada naturalmente.

Li uma matéria que saiu depois da sua separação que você já estava preparado para ser chamado de o novo dom-juan. O que isso quer dizer exatamente?

Nossa, nunca diria uma coisa dessa. Ser um dom-juan vai contra a minha natureza, nunca serei um. As pessoas enlouqueceram quando eu fiquei solteiro, não acreditaram que eu não estava na pilha de sair pegando. Até os amigos se assustaram com o meu comportamento. Como eu sou novo, famoso, eles acham que eu tenho tudo na mão para ficar com quem eu quiser. Mas eu simplesmente não quis. Precisava de um tempo para deixar a separação acontecer dentro de mim, estava fechado para balanço.

O que é mais difícil numa separação?

É relaxar. A gente sai de uma relação achando que nunca vai encontrar outra pessoa tão legal quanto aquela. Conversei isso com a minha mãe quando eu e a Alinne terminamos. Ela me disse que quando tinha a minha idade e se separou do meu pai [eles se separaram quando o Cauã tinha 2 anos] também achava isso. Mas que passa. E ela encontrou, sim. No meu caso, a separação rolou de uma maneira superpositiva, os dois quiseram mudar, evoluir.

Você diz que nunca foi do tipo galinha, que até hoje teve uma fase de uns seis meses de galinhagem só. Nem agora, solteiro, você voltou?

Olha, realmente eu nunca fui nada galinha. Em 2001, numa fase solteiro, fiquei com umas meninas, mas não era exatamente um galinha. Agora, desde que fiquei solteiro, tem esses paparazzi atrás de mim. Um dia fui conversar com eles e disseram: “Até a gente pegar você beijando alguém, a gente fica na sua cola”. Eles vão cansar de esperar, porque para me pegar beijando alguém, no meio da rua, vai ser praticamente impossível.

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Vamos falar de trabalho. Você engatou quatro novelas seguidas, desde 2002. Não sente falta de férias?

Foi assim mesmo, graças a Deus. Deus foi muito bom comigo [risos]. No final de Como uma Onda eu já estava treinando o “S” paulista, para Belíssima, por exemplo. Eu fiquei preocupado com o sotaque carioca, na novela. Mas mesmo assim eu consigo folgas de vez em quando, para viajar. No ano passado eu viajei uma semana, para Itacaré [Bahia]. Nunca tiro mais do que oito dias de férias.

Seu pai é analista. Você faz análise desde quando?

Desde os 14 anos. E minha mãe é astróloga, mas só agora comecei a acreditar mais em astrologia. Ela já via o meu mapa e me dava umas dicas, dizia que isso ou aquilo estava escrito nas estrelas. Nem era ela que fazia, porque mapa é como análise, não pode ser feito pelos pais. Sou Touro com ascendente em Peixes e Lua em Leão.

E o que isso quer dizer?

Sou um cara que odeia rotina. E sou hiperativo. Dependo de mudanças, minha vida não pode ficar sempre igual, por muito tempo. Me canso da mesmice. Do Touro, tenho a coisa do descanso do guerreiro. Tenho que chegar em casa e achar um jeito de relaxar, preciso de um tempo para mim. Agora no começo do ano fiquei mais de uma semana sem pegar onda, simplesmente porque não deu onda. Nossa, foi uma coisa louca. É muito difícil eu passar duas semanas no mesmo lugar, mesmo no Rio. Amo viajar, circular.

Você passou quase dois anos em Malhação. Mas não ficou marcado. Foi uma preocupação?

Era uma preocupação, mas não fiz nada específico para isso não acontecer. Tive muita sorte de sair de Malhação para os Sardinhas, de Da Cor do Pecado, que foi um sucesso enorme. O personagem era muito forte também, popular.

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Você viu que o novo protagonista de Malhação se chama Cauã?

Vi, o máximo. Não sei se tem a ver comigo, mas uma vez saiu uma matéria dizendo que Cauã era o segundo nome mais dado a crianças que nasciam, só perdia para Maria Clara, personagem da Malu Mader em Celebridade. Legal. Acho que eu passo uma imagem amigável, o que favorece. E a de um cara saudável.

Você é um cara saudável?

Nem me acho tão saudável assim. Como batata frita e chocolate, por exemplo [risos]. Na época em que eu era atleta [ele foi bicampeão brasileiro de jiu-jítsu] era muito mais radical, hoje odeio radicalismos. Eu ficava sem fazer amor um mês antes de competir. Quando ficava muito difícil, eram duas semanas [risos]. Meus amigos homens viviam me sacaneando. Mas deixei de ser atleta há muito tempo.

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