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Shia LaBeouf: o novo fenômeno de Hollywood

As revistas gringas estão chamando o ator de o próximo "Tom Hanks de Hollywood". E não fazem isso sem motivo: talentoso e brincalhão, ele emplaca um sucesso atrás do outro. E bem poderia levar o Troféu Simpatia!

Por Da Redação Atualizado em 24 ago 2016, 23h58 - Publicado em 24 jul 2013, 18h37

Seu nome é mesmo difícil de pronunciar. Mas quem vê este moreno de sorriso tímido e olhar intenso no cinema não se esquece mais de Shia LaBeouf (fala-se Xaia Labanf). O californiano de 21 anos empresta tanto carisma aos seus personagens que fica difícil desgrudar os olhos da tela.

Nem o todo-poderoso Steven Spielberg conseguiu resistir ao talento de Shia e acabou convidando o ator para rodar a quarta aventura de Indiana Jones (provavelmente no papel do filho do arqueólogo aventureiro). “Estou nas nuvens. Esse é simplesmente o melhor momento da minha vida”, diz Shia, que já embolsa US$ 500 mil por trabalho.

Seus créditos mais recentes incluem o drama Bobby, o filme de ação Transformers, o thriller Paranóia e o longa de animação Tá Dando Onda, em que ele empresta a voz a um pingüim surfista. “Já sou reconhecido nas ruas, mas nem por isso vou ficar todo afetado. Só um grande babaca para, de uma hora para outra, começar a posar de celebridade. Nunca vou esquecer de onde vim”, diz Shia, com uma humildade rara na terra do cinema.

Sua vida deu uma guinada e tanto no último ano.

Nem me fale. Depois de pequenas participações em filmes, de repente, o meu telefone começou a tocar e passaram a me oferecer papéis de protagonista. É uma loucura. Como fui pego de surpresa, acho que nem consegui processar tudo o que aconteceu ainda. Só estou me deixando levar.

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Ser um ator de Hollywood é tudo aquilo que você imaginava? Qual é o lado mais legal?

A melhor parte é estar no set de filmagem e ter a chance de contracenar com atores incríveis, como Carrie-Anne Moss, a Trinity da trilogia Matrix. Mal pude acreditar quando soube que ela interpretaria a minha mãe em Paranóia! Também é o máximo participar de uma superprodução como Transformers (de US$ 150 milhões), em que presenciei explosões de carros e tive de filmar várias cenas de ação eletrizantes. Sem falar no quarto filme da série Indiana Jones. Eu cresci assistindo ao Harrison Ford no cinema!

O que você pode adiantar sobre Indiana Jones 4? Você interpreta mesmo o filho do aventureiro?

Não posso falar nada por razões contratuais. Spielberg faz questão de manter sigilo absoluto.

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Como é a balada em Hollywood?

Isso não me interessa muito. Quando estou no clima de festa, dou uma na minha casa. Lá posso convidar quem quiser e a chance de encontrar gente bacana é ainda maior. Sou um cara tranqüilo nesse sentido.

E as garotas com quem contracena no set. Não pinta um clima?

Não acho legal sair com atriz com quem contraceno. E nem estou pensando em namorar sério agora. Sou um cara de 21 anos, fazendo o que todo mundo faz na minha idade.

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Mas você curte as cenas de beijo nos sets?

O problema é que algo sempre sai errado. (risos) Minha cena de beijo com Sarah Roemer, em Paranóia, foi horrível. Tudo culpa do meu treinador, que pediu que eu tomasse 12 comprimidos de aminoácidos por dia (aminoácidos ajudam na formação de músculos). Naquele dia, no set, como eu não queria voltar ao trailer de uma em uma hora, acabei tomando todas de uma só vez. Não me toquei que havia uma razão para tomá-las separadamente. De repente, comecei a me sentir mal. O meu estômago doía e meu rosto começou a latejar. Meus pés e minhas mãos incharam. Até meus lábios incharam. E foi nesse momento que o diretor nos chamou para a cena. Quis morrer, estava o próprio Homem-Elefante. (risos)

E o que aconteceu na hora do beijo?

Inicialmente, fiquei no meu canto, parado. Sarah deve ter me achado um cara tímido, o que deve ter tirado o nervosismo dela. Só que, na hora do beijo, ela acabou sentindo que meus lábios não eram humanos. (risos) Tanto que nem foi possível usar a primeira tomada por conta da reação dela. Sarah disse: “Oh, meu Deus!” E nós tivemos de rodar a cena várias vezes. E tudo de um ângulo só, para eu não parecer tão inchado. Foi humilhante! (risos)

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Como aproveita o dinheiro que ganha? Já fez alguma loucura?

Hoje minha grande satisfação é poder comprar os melhores ingressos para todos os jogos do Los Angeles Dodgers (equipe de beisebol), coisa que até há pouco tempo não podia fazer. Ainda me lembro de assistir aos jogos a distância, sentado no topo de uma colina com vista parcial do campo. Dá uma sensação estranha, pois cresci vendo tudo isso de fora, como algo inatingível.

É verdade que começou a atuar para tirar a sua família da miséria?

Sim. Quando eu tinha 13 anos, nós estávamos totalmente falidos. Meu pai, que começou a vender drogas, enquanto minha mãe vendia quinquilharias. Resolvi arriscar. Como diziam que eu levava jeito para atuar, fingi ser meu agente. Passei a ligar para as produtoras. Eu mudava a minha voz e dizia: “Meu nome é Harold Blowfish e tenho um cliente de 13 anos que é um sucesso na Inglaterra. Você quer conhecê-lo?” Eles sabiam que era uma criança ao telefone, mas topavam me ver mesmo assim. E deu certo. Vieram convites para participar de episódios de seriados de tevê, como Arquivo X e ER. Foi assim que tudo começou.

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Do que mais se orgulha na sua trajetória?

De finalmente ter conseguido dar uma vida decente à minha mãe. Hoje ela pode andar de cabeça erguida e não precisa mais trabalhar.

Você foi aceito na Universidade de Yale em 2003, mas preferiu não fazer o curso. Pretende voltar a estudar?

Talvez, pois gostaria muito de me formar em psicologia para crescer como ator. Tenho muito o que aprender sobre emoções não verbalizadas e linguagem corporal. Mas agora preciso aproveitar essas oportunidades no cinema, que podem ser únicas na minha vida.

 

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