Rock in Rio: Panic! at the Disco faz show empolgante, mas enterra lado emo

Brendon Urie cantou pouquíssimas músicas do começo da carreira, mas mostrou simpatia e talento com falsetes

Por Gabriela Zocchi Atualizado em 31 out 2024, 01h20 - Publicado em 4 out 2019, 04h11

O segundo final de semana do Rock in Rio começou com rock, bebê! Na noite desta quinta-feira (3), o Panic! At The Disco teve a difícil missão de abrir para o Red Hot Chili Peppers, a principal atração da noite.

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Panic! at the Disco colocou fogo no palco do Rock in Rio 2019 Weslley Allen/I Hate Flash

Mas Brendon Urie encarou o desafio e veio com um show animado – e até um pouco extravagante. Ele subiu ao palco ao som de Victorious, acompanhado de uma superbanda com direito a instrumentos de metais, violinos e violoncelos, além de literalmente colocar no palco. A setlist continuou com (Fuck A) Silver Lining e Don’t Threaten Me With a Good Time. Entre as músicas, o vocalista falava pouco, mas arriscou um “obrigado” em português algumas vezes.

Canções como Ready to Go (Get Me Out of My Mind) e Hey Look Ma, I Made It até empolgaram a galera, que cantou junto e acompanhou o ritmo com palmas em diversos momentos, mas fizeram falta alguns sucessos mais antigos do grupo, que mantém hoje apenas um de seus integrantes originais – o próprio Brendon.

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Do primeiro álbum do Panic!, A Fever You Can’t Sweat Out, apenas uma música apareceu no show, a icônica I Write Sins Not Tragedy, de longe a mais cantada pelo público. O mesmo aconteceu com o segundo disco, Pretty. Odd, que teve apenas Nine In The Afternoon embalada pela galera. Parece que o emo morreu um pouquinho, sim, no fim das contas.

Apostando em seu lado mais pop agora, Brendon Urie mostrou grande potência vocal, navegando dos tons mais graves, como os que mostrou na faixa This Is Gospel, até falsetes de dar inveja à Melody, que apareceram em diversos momentos, sendo um dos de maior destaque em Dancing’s Not a Crime. Arrasou, migo!

Brendon Urie soltou os falsetes do Rock in Rio 2019 Helena Yoshioka/I Hate Flash
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Outro momento impactante do show foi o cover de Bohemian Rhapsody, do Queen, tocado pelo vocalista no piano assim como aconteceu com Freddie Mercury na primeira edição do Rock in Rio, em 1985. “Uau”, disse Brendon no final da música, quando deixou a plateia cantar uma parte em coro,. Impressionante mesmo.

A apresentação não podia acabar sem o sucesso mais recente do Panic!, High Hopes, que foi o hino que fez todo mundo pular e ficar com vontade de quero mais. Da próxima vez podia só rolar um medley com Lying Is the Most Fun a Girl Can Have Without Taking Her Clothes Off e But It’s Better If You Do, né, Brendinho? Rs.

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