Random Access Memories, de Daft Punk. Por Pedro Dash, DJ do Cine
Com o hit Get Lucky, o álbum da dupla eletrônica se tornou um dos melhores e mais falados do ano!
Para mim, é fácil falar do disco Random Access Memories ! A dupla francesa Daft Punk conquistou o mundo com o hit Get Lucky ! Mas, o CD inteiro é muito bom. Ouso dizer que é um dos melhores álbuns da década!
O nome da primeira música, Give Life Back To Music , já explica qual é a intenção desse novo trabalho e é a cara do Daft Punk: groove, vozes processadas com efeitos e vocoders, melodias que ficam na cabeça durante dias e aquele clima bom que praticamente todas as músicas dos caras passam pra quem está ouvindo.
Entre alguns sons mais calmos e viajantes, com efeitos, melodias e timbres que remetem a algumas bandas oitentistas, mas sempre com uma estética moderna, temos Giorgio Moroder, um dos pais da dance music, contando uma história de quando era mais jovem, sua iniciação na música e o começo do uso dos sintetizadores.
Instant Crush é a faixa que conta com a participação de Julian Casablancas e soa como se fosse feita justamente para ele. Conta com alguns elementos bem semelhantes ao som de sua banda, o The Strokes, e melodias melancólicas do jeito que ele gosta.
Logo depois, vem a primeira música com participação do Pharrel, Lose Yourself to Dance e o groove volta a reinar. A música é o segundo single do RAM e, na minha opinião, muito bem escolhido.
Motherboard é uma junção de vários tipos de instrumentos que eles não costumam usar e totalmente instrumental, tem cara de trilha sonora. Eles começaram a fazer o RAM ao mesmo tempo que faziam a trilha do filme Tron – Legacy , então provavelmente estavam inspirados nisso com essa track.
Doin’ It Right é a penúltima faixa e já foi anunciada como terceiro single. A música é bacana, tem participação de Panda Bear, do Animal Collective, e conta com aqueles vocais repetitivos (e sempre com efeitos), característicos de músicas mais antigas da dupla, como Around the World . Não sei se concordo com essa decisão de single, mas quem sou eu pra falar o que acho disso ou não?
Fechando o disco, vem Contact . A música fala justamente de um contato… com seres extraterrestres. Com um ritmo mais acelerado do que o resto do disco, tem também uma sonoridade de trilha sonora, bem final de filme. E dá pra perceber que foi isso mesmo que eles quiseram fazer com todo o álbum: uma nova trilha sonora pra vida de todos os fãs de seu som, além de músicas totalmente remixáveis e mão cheia para os DJs fazerem suas versões e divulgarem mais ainda o trabalho do Daft Punk por aí.