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Paramore fala sobre sucesso e vinda ao Brasil

Em entrevista exclusiva para CAPRICHO, na Inglaterra, a vocalista Hayley Williams revela que, às vezes, fica meio cansada de tanto viajar durante a turnê da banda, mas que pretende vir ao Brasil no fim de 2008

Por Da Redação Atualizado em 24 ago 2016, 23h57 - Publicado em 22 jul 2013, 18h56

Se o Grammy, a maior premiação da música mundial, não tivesse escolhido Amy Winehouse como a bola da vez este ano, certamente o Paramore teria levado o prêmio de artista revelação com folga. A banda, do country estado de Tennessee, nos EUA, é mais um daqueles fenômenos do rock que começam na internet e, quando a gente se liga, a música dos caras já está no nick da nossa melhor amiga. 

Começou quando os irmãos Zac e Josh Farro conheceram uma cantora, Hayley Williams, que estudava na mesma escola que eles. Com a entrada de Jeremy Davis, a banda se formava, em 2004. Um ano depois, o Paramore lançou o primeiro álbum, All We Know Is Falling, e apareceu para a crítica, chegando a fazer uma turnê na Europa e a abrir shows de bandas importantes, como o Simple Plan. O reconhecimento só aumentou com o lançamento do segundo álbum, RIOT! – que traz a bombada faixa Misery Businness – e bateu aqui, no Brasil. Novamente em turnê pela Europa, a vocalista Hayley trocou algumas horas de descanso por um bate-papo exclusivo com a CAPRICHO .

A banda cresceu por causa da divulgação pela internet. Vocês previam isso?

Na verdade, não. Esperávamos uma ajuda da internet, mas acabou sendo algo grandioso. Não esperávamos uma resposta tão positiva. Foi uma surpresa boa e que sem dúvida nos ajudou muito!

Vocês também usam a internet para procurar bandas novas?

Sim, sempre que possível estamos conhecendo bandas novas no My Space e até coisas antigas também. Temos ouvido Thrice, Say Anything, Dear and the Headlights e Phil Wickham.

O Paramore se formou em uma região ligada à música country. É mais difícil fazer rock num lugar assim?

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Muito se fala sobre a cena de Nashville porque temos vários cantores péssimos lá. (risos) Mas também temos coisas muito boas! E para ser bem franca eu não me importo de ser do Tennessee, sabe? A nossa cidade natal, Franklin, tem uma cena musical incrível!

Quando perceberam que a música era algo sério na vida de vocês?

Desde de sempre! Quando nos mudamos para Los Angeles – para compor e gravar algumas coisas – e tivemos que encarar a saída do nosso baixista (John Hembree), o que nos deixou muito abalados, vimos que tudo ali era para valer mesmo.

Já perceberam que são famosos?

Ai, meu Deus, estamos famosos? (risos) O álbum esta vendendo muito bem, o público vai aos shows, isso é muito bom para um artista. Nós não ligamos para a fama. Preferimos o reconhecimento do nosso trabalho.

O que mudou na vida da banda desde o primeiro álbum?

Amadurecemos muito, fizemos novas turnês e vimos que a coisa estava fi cando séria. Foi um momento de amadurecimento pessoal também. Quando você cresce, coisas novas acontecem na sua vida, e a música reflete essa fase. 

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Vocês agora estão em turnê pela Europa. Como é a vida longe de casa?

Tem dias que tudo que queremos é a nossa cama e o nosso chuveiro. Mas não tem nada mais gostoso do que conhecer novos lugares, ver a energia do público a cada cidade que a gente vai, experimentar comidas, culturas e festas.

Você namoraria um fã?

Não vejo problemas. São pessoas como todas as outras.

Entre os integrantes da banda estão dois irmãos e uma menina. Vocês se dão bem?

Ah, temos discussões bobas, mas isso é normal, como em qualquer família.

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O que é chato em uma turnê?

Não chega a ser chato, mas bate uma hora que tudo que a gente quer é pegar um avião e ficar 12 horas nele porque é o único momento em que não temos telefone, e-mails, entrevistas e não precisamos impressionar ninguém. A falta de tempo para dormir e comer, às vezes, pode ser chata. Mas tudo vale a pena!

Depois de tanto tempo junto, vocês não enjoam uns dos outros?

O que fazemos juntos é o que amamos fazer, então queremos fazer sempre. É óbvio que todo mundo precisa ficar uns dias sozinho e a gente respeita bastante a privacidade do outro.

Todos terminaram o colégio? Alguém pensa em fazer faculdade?

O Zac, nosso baterista, foi o único que não terminou nem o Ensino Médio. Ele está em turnê desde os 14 anos e a gente sempre brinca dizendo que ele nunca vai conseguir terminar os estudos. Mas a gente sabe o quanto isso é importante. No momento, estamos focados na nossa música e essa é a nossa meta agora.

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Como você decide de que cor que pintar seu cabelo? Tem algum cuidado especial por causa da tintura?

Ah, eu tento deixar o meu cabelo o mais hidratado possível sempre! E sobre as cores que uso, isso é um segredo meu! (risos) Gosto de mudar e meu cabelo muda junto com meu temperamento.

Vocês pretendem fazer show no Brasil?

Lógico. Estamos fazendo essa turnê aqui, na Inglaterra, com o New Found Glory e estamos curtindo muito. Nós já sabemos que vamos tocar no Warped Tour (um festival de música que rola nos EUA e no Canadá), o que amamos. E parece que temos algo marcado para o Japão também! Definitivamente, queremos ir à América do Sul e ao Brasil o mais rápido o possível! Talvez no fim deste ano!

 

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