Emma Watson sobre a luta pelo feminismo: “Eu já senti medo de andar sozinha para casa”
Atriz é estrela da revista Esquire e revelou que não se importa que a chamem de "feminazi"
Ao lado de Tom Hanks, Emma Watson é a estrela da capa da revista Esquire em que os dois discutem questões atuais, principalmente o feminismo. Emma está ao lado de Hanks no filme The Circle e é a fundadora do projeto #HeForShe, da ONU Mulheres, que luta pela igualdade de gênero.
“As pessoas vão achar que você é difícil ou uma diva. Mas agora há uma vontade de dizer ‘legal, me chame de diva’, ‘me chame de feminazi’, ‘me chame de difícil’, me chame de ‘feminista do primeiro mundo’, me chame do que você quiser. Isso não vai me impedir de tentar fazer a coisa certa e garantir que a coisa certa aconteça. Porque isso não me afeta”, falou Emma Watson sobre as críticas que recebe desde que virou embaixadora da ONU Mulheres.
A atriz falou, claro, sobre a desigualdade entre salários das mulheres com relação aos homens, deixando claro que isso não é apenas uma exclusividade de Hollywood, já que recentemente muitas atrizes passaram a comentar o assunto. “Isso é uma questão que afeta a todas as mulheres. Não importa se você é uma mulher trabalhando em uma plantação de chá no Quênia, ou uma corretora da bolsa em Wall Street, ou uma atriz de Hollywood”, disse Emma Watson. “Ninguém está sendo paga igualmente.”
Na mesma entrevista da Esquire, Emma Watson falou sobre os abusos que já sofreu e seus medos, que também é de muitas meninas, algo que ela sempre evita fazer para não tirar o foco da mensagem que está passando com o #HeForShe: “Já bateram na minha bunda assim que eu saí de uma sala, eu já senti medo de andar sozinha para casa. Eu já tive pessoas me seguindo na rua. Eu não falo sobre essas experiências porque, vindo de mim, vai soar como uma grande coisa e eu não quero que isso se torne sobre mim. Mas a maioria das mulheres que eu conheço já passaram por coisas assim ou pior”.