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Emicida chama MC Guimê e faz festa hip hop cheia de protesto no Lollapalooza 2016

O show do rapper paulistano foi recheado de participações incríveis

Por Gabriela Zocchi Atualizado em 24 ago 2016, 14h42 - Publicado em 14 mar 2016, 10h30

Enquanto Jack Ü transformava a pista do palco Onix em uma balada a céu aberto, Emicida trazia o protesto, a favela e a qualidade do rap brasileiro para o palco Trident no segundo dia do Lollapalooza BR. Uma pena quem teve que escolher entre os dois…

Mesmo tocando para um público menor, o rapper paulistano agitou a galera ao trazer para o palco parcerias de sucesso. Logo no começo do show, Emicida chamou MC Guimê e juntos eles cantaram Gueto e País do Futebol, um dos maiores hits da Copa do Mundo de 2014. Teve ainda o refrão de Eu Só Quero É Ser Feliz, que levou o público ao delírio. Dentre os os fãs do cantor, estava o ator Caio Castro.
 
Fazendo jus a suas músicas, o show de Emicida é uma noite de festa, mas também de muito protesto. Para mostrar que o racismo infelizmente ainda está muito presente no Brasil, é exibido no telão um trecho do filme Ó, Paí Ó, em que o personagem de Lázaro Ramos dá ao de Wagner Moura um discurso poderoso sobre como negros e brancos são seres humanos iguais. O vídeo antecede a música Bang, que começa com o cantor dizendo “neguinho o c******, meu nome é Emicida, p***”. O público aplaude.
 
 
Entre homenagens à Bahia, África e São Paulo, mais convidados subiram ao palco. Teve Rael, Drik Barbosa, Amiri, Rico Daslan, Muzzike e Raphao Alaafin. Pitty, que brilha ao lado do rapper na cantão Hoje Cedo, não apareceu, mas a guitarrista Anna Tréa segurou os vocais de maneira tão impressionante que parecia até a dona original da música. Mais tarde, ela também pegou o lugar de Vanessa da Mata no recente sucesso Passarinhos, que fez o público cantar bem alto.
 
Em Mandume, a galera entrou no clima, balançou o braços para cima e para baixo e transformou o Lolla em uma festa hip hop. Já em Zica, Vai Lá, Emicida e banda foram pra frente do palco e ensinaram uma coreografia para o público, que não fez feio e garantiu a animação do show. Quem viu Emicida cantar ao vivo saiu ainda mais impressionado com o talento e o carisma do cantor.