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Estamos a exatamente dois meses das eleições gerais de 2022

Já estamos ouvindo o barulhinho das urnas. Pirililililili.

Por Andréa Martinelli Atualizado em 16 nov 2022, 18h53 - Publicado em 2 ago 2022, 06h00
Por dentro da urna eletrônica
TSE/Divulgação

É isso mesmo: faltam só dois meses até as eleições gerais de 2022, realizadas em 2 de outubro. Pois é, se até ontem campanhas nas redes sociais e o seu famoso preferido estavam incentivando você a tirar o título de eleitor, agora, já é hora de intensificar a avaliação dos candidatos e candidatas para ocuparem cargos no Executivo e Legislativo – a nível federal e no seu estado. Isso porque grande parte das candidaturas já foi oficializada, ou será pelo menos até o dia 15 de agosto, viu?

E olha só: pesquisa do Datafolha divulgada pela Folha de S. Paulo nesta semana, mostrou que 6 em cada 10 brasileiros não se lembram do nome do deputado federal ou do senador que votaram nas eleições gerais de 2018. Os que dizem não se recordar em quem votou têm índices semelhantes quando a pergunta é feita com senador (65%) ou deputado federal (64%).

A pesquisa ouviu 2.566 eleitores nos dias 27 e 28 de julho em 183 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos – e a gente já te explicou como esses levantamentos funcionam, lembra?

Mas o nosso ponto é: a gente sabe que muita coisa aconteceu de 2018 para cá, mas não dá para continuarmos sem acompanhar os nossos candidatos e candidatas mesmo depois de elegê-los. Afinal, são eles que representam os nossos interesses e o que queremos para o futuro do país. Há dois meses da eleição, precisamos nos informar cada vez mais.

E o que faz um deputado?

Nos seus 4 anos de mandato, a sua função é representar os eleitores diretos, os cidadãos brasileiros, no Congresso. As decisões que eles tomam não só afetam a nossa vida como também representam as escolhas da população. Pense dessa forma: é impossível todo brasileiro ter uma voz ativa no Congresso Nacional, então, elegemos algumas pessoas que serão as nossas vozes por lá, de forma direta. 

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Um exemplo: a recente polêmica sobre cobrar ou não mensalidades nas universidades públicas é uma questão considerada pela Câmera dos Deputados, já que interfere diretamente na vida da população. 

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Fora isso, os deputados também fiscalizam o poder Executivo (ou seja, o presidente!), de forma que o Chefe do Estado não pode fazer nada sem, antes, consultar o povo – ou seja, a Câmara dos Deputados! 

E os senadores?

Já o Senado Federal tem apenas 81 senadores, que são eleitos para mandatos de oito anos – e, a cada 4 anos, um terço desses políticos é renovado com as novas eleições. Por que tão poucos? Ao contrário do deputado, o senador não representa o povo, mas um estado brasileiro. E, para que essa representação seja justa, todo estado (mais o Distrito Federal) elege apenas 3 senadores – seja São Paulo, o mais populoso, ou Roraima, o menos populoso. 

Como as duas casas funcionam em forma conjunta?

E, apesar de terem funções específicas, é muito comum que, na prática, as duas casas atuem conjuntamente. Um processo de impeachment, por exemplo, sempre começa na Câmara e termina no Senado. Mesmo dentro dessas instituições, a ideia é buscar uma representação que, de fato, olhe os interesses da população ou dos estados de forma justa: um projeto de lei que entra na Câmara, por exemplo, é sempre apresentado por um grupo específico, mas a ideia é que ele não saia dali igual entrou. Cada deputado e, depois, cada trio de senadores, vai pesar aquele projeto segundo as necessidades daquelas pessoas ou daquele estado. 

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Como escolher em quem votar para deputado ou senador? 

O primeiro passo é entender quais são os seus interesses. Se você planeja fazer uma universidade pública, esse pode ser um balizador para a sua escolha: quais candidatos a deputado veem a manutenção da universidade pública e gratuita como importante? 

Caso a sua causa do coração seja a ambiental, a mesma ideia se aplica: quais candidatos a deputado ou senador defendem essa causa também? Por isso é tão importante considerar os votos a deputado e senadores tanto quanto a presidente. Esses cargos são essenciais para que a governabilidade seja mais diversa e representativa da população brasileira – e comece a considerar mais os interesses do povo do que os próprios. 

Sem o Congresso Nacional, o presidente – que já é uma pessoa super valorizada em um sistema democrático como o nosso – carrega nas costas todo o poder de comandar o país. Isso faz dele um tirano, que decide conforme quer e, principalmente, conforme os próprios interesses. 

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E, não menos importante: veja as principais datas do calendário eleitoral de 2022

  • 05 de agosto – fim do prazo para convenções partidárias;
  • 15 de agosto – prazo limite para o registro de candidaturas;
  • 16 de agosto – início da propaganda eleitoral;
  • 26 de agosto – início da propaganda eleitoral em TV e rádio;
  • 29 de setembro – último dia para comícios e debates e fim da propaganda em rádio e TV;
  • 01 de outubro – último dia para propaganda na rua e internet;
  • 02 de outubro – primeiro turno das eleições;
  • 07 de outubro – início da propaganda de rádio e TV para o segundo turno;
  • 28 de outubro – último dia para comícios e debates e fim da propaganda em rádio e TV para o segundo turno;
  • 29 de outubro – último dia para propaganda na rua e internet para o segundo turno;
  • 30 de outubro – segundo turno das eleições, onde houver;
  • 19 de dezembro – fim do prazo da diplomação dos eleitos;
  • 01 de janeiro de 2023 – posse do presidente e vice-presidente da República.

Sim, esta será a eleição das meninas 💅

Após uma intensa campanha do TSE para emitir o título de eleitor, que envolveu influenciadores digitais, artistas e políticos, o eleitorado jovem cresceu 51,13%. Essa faixa etária registrou 716.164 eleitores a mais do que em 2018, apontam os dados. Neste ano, somos mais de dois milhões de eleitores, consolidados em 2.144,946.

Mas os dados ficam mais interessantes ainda quando olhamos por faixa etária e gênero. O número de meninas eleitoras, entre 16 e 17 anos, quando o voto ainda é facultativo, chegou a 1.157,461. Enquanto o número de meninos na mesma faixa etária ficou em 957.485. 

Por aqui no CH na Eleição a gente também participou dessa campanha de incentivo ao voto jovem e vamos continuar acompanhando as eleições para colaborar com o envolvimento da nossa galera – afinal, já deu para perceber que com tantos novos eleitores, os políticos com certeza estão interessados em nós, certo?

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Ter novos eleitores significa uma nova base de eleitorado, o que também quer dizer que essas pessoas podem determinar os rumos da eleição. E, em um ano tão importante, com questionamentos até sobre a legitimidade da urna eletrônica, é essencial fazermos um uso consciente do nosso poder de voto – e até das nossas redes sociais.

Você que acompanha a CAPRICHO já sabe porque política é importante, o que é o voto consciente e como ele pode te ajudar a escolher candidatos; e como usar as redes sociais para falar de política e o quanto seu repost pode, sim, eleger um presidente.

E lembre-se: o programa #CHnaEleição vai ao ar quinzenalmente às quintas-feiras, em todas as redes sociais da CAPRICHO.

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