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‘Tenho vontade de voltar para o Brasil e trabalhar com educação’, conta jovem aprovada em Yale

A brasileira Carolina Lima passou em uma das universidades mais renomadas dos Estados Unidos e explica como conseguiu realizar esse sonho.

Por Marcela Bonafé Atualizado em 1 nov 2024, 13h23 - Publicado em 15 jul 2016, 12h01
Vários estudantes sonham em ingressar em universidades estrangeiras que ocupam o ranking das melhores do mundo. Para chegar lá, é preciso muita dedicação e esforço, tanto na vida acadêmica quanto no complexo processo de inscrição. A brasileira Carolina Lima Guimarães, de 19 anos, conseguiu a aprovação na renomada Yaleem Connecticut, e conta para a CAPRICHO como tudo aconteceu.
 

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“Desde os meus 14 anos de idade, eu falava que queria estudar em uma universidade dos Estados Unidos. Lá eles têm muitas oportunidades diferentes de estudo e pesquisa, além do que a gente tem no Brasil”, explica Carol, que, por sorte, sempre teve o apoio dos pais. Mas todo o processo para realizar esse sonho não foi nada fácil! “Dá muito trabalho se inscrever. Você fica cansada e dá até vontade de desistir. Mas é importante fazer o seu melhor”, aconselha.
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Carolina conta que, para tentar uma vaga de estudo fora do Brasil, é preciso fazer provas e escrever vários textos sobre sua vida e seus gostos. Além disso, é necessário enviar uma lista de atividades extracurriculares das quais você participou para a universidade, contar os prêmios que já ganhou e anexar cartas de recomendação de professores do ensino médio. Como a instituição é americana, é necessário também fazer o TOEFL, que é uma prova para determinar seu nível de inglês. 
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Foto: Arquivo pessoal

Quanta coisa, né? Tudo isso porque, lá fora, as universidades consideram a pessoa como um todo para avaliar se ela tem condições acadêmicas para ingressar na instituição – diferentemente do que acontece no Brasil, onde só fazemos os temidos vestibulares. Depois da Yale avaliar todos os documentos que a Carol mandou, ela ainda precisou fazer algumas entrevistas por Skype. “Você fica ansiosa, mas aprende muito a se expressar e falar sobre você. Foi uma coisa diferente e eu realmente aprendi muito”, ela fala sobre o processo.

Muita gente nem considera estudar fora do país porque acha que é muito caro, mas não é bem assim. A estudante explica que, “geralmente, as universidades mais renomadas dão bolsa de acordo com a necessidade financeira do candidato. Eles analisam a situação da sua família e calculam, em cima disso, o quanto você tem que pagar”. No caso dela, Carol ainda conseguiu um auxílio financeiro da Fundação Estudar, uma instituição brasileira que desenvolve vários projetos na área da educação. Foram 60 mil jovens inscritos e ela ficou entre os 26 selecionados.
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Agora, Carol Lima está aguardando para embarcar rumo a uma nova realidade. As aulas começam no dia 22 de agosto e ela se forma daqui a quatro anos. Em Yale, ela vai dividir um apartamento com outras cinco meninas. “Vai ser um desafio morar sozinha e longe dos meus pais. Dá um pouco de medo, porque não sei como vai ser. Mas estou animada”, confessa. Quanto ao curso, ela explica que, no começo, os alunos podem escolher as matérias que querem fazer e só depois declarar em qual área querem realmente fazer a especialização.
 
E sabe o que ela quer fazer depois de se formar? Voltar para o Brasil e trabalhar com educação! A jovem já desenvolveu projetos nesta área desde muito cedo. “Quando tinha 13 anos, estudava em uma escola particular e gostava muito de matemática. Eu sabia que muitos alunos de escolas públicas não tinham as mesmas oportunidade. Foi por isso que comecei a dar aulas para eles“, lembra. Depois, além de matemática, ela também passou a ensinar inglês.
 

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Incrível, né? Mas não para por aí! Outra coisa muito interessante que Carol fez foi criar o curso Cálculo 0. “Quando estava no ensino médio, numa escola técnica, meu irmão mais velho me ensinou Cálculo, que ele já aprendia na faculdade. Achei muito simples e útil, então quis ensinar para os outros de maneira simples, fácil, prática e rápida”, ela explica. Assim, ela montou um curso gratuito de três semanas. Ela gravava os vídeos na casa dela mesmo e disponibilizava na internet. 
 
Certamente, todo esse diferencial contou muitos pontinhos na hora da aplicação em Yale. E, diante disso, ela dá uma dica fundamental para quem pretende tentar entrar em universidades no exterior: “Uma coisa importante é começar a praticar o inglês o quanto antes. Além disso, as atividades extracurriculares também são muito valorizadas. Faça algo que você goste e não qualquer coisa só para falar que fez, ok? É legal ter iniciativa”.
 
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