Continua após publicidade

Sextorsão não é a mesma coisa que ter nude vazada – mas tem muito a ver!

Classificada como tortura psicológica, a extorsão vai muito além do que ter uma foto íntima vazada na web.

Por Isabella Otto 7 jul 2018, 16h22

Nossa conversa sobre sextorsão já dura algumas matérias, mas é normal que você ainda tenha algumas dúvidas. Por exemplo: sextorsão é o mesmo que ter imagens íntimas vazadas na internet? Não, mas nós diríamos que são coisas quase que complementares. Mas vamos por partes porque é importante deixar tudo bem explicadinho.

Reprodução/Reprodução

Sempre que uma pessoa vaza uma nude na web, um crime é cometido. Contudo, nem sempre essa pessoa chantageia outra. Pode ser que ela tenha replicado um conteúdo que já chegou a ela por meio de terceiros ou que ela tenha decidido expor a imagem íntima sem antes torturar psicologicamente a dona da foto. Mas se o contrário acontece e a violação da imagem vem antecedida por uma chantagem virtual, outro crime entra em ação: o da sextorsão.

“A sextorsão é a ameaça de se divulgar imagens íntimas para forçar alguém a fazer algo – ou por vingança, ou humilhação ou para extorsão financeira”, esclarece a ONG Safernet Brasil. 59% das vítimas desse crime virtual são mulheres e 45% dos agressores concretizam suas ameaças, segundo levantamento realizado pela organização. Além de crime, a sextorsão é uma forma de assédio psicológico que pode causar danos gravíssimos à saúde da menina, mesmo que o conteúdo íntimo em questão não seja divulgado. Só as ameaças já configuram crime e devem ser denunciadas.

A campanha “Pare a Sextorsão”, da Safernet, é apoiada pela CAPRICHO. É por isso que você está acompanhando uma série de matérias sobre o tema, que, infelizmente, faz parte do dia a dia de muitas adolescentes brasileiras. Você já viu por aqui o que é sextorsão, o que fazer caso esteja sendo vítima do crime e a diferença entre sextorsão e fotos vazadas. Tem alguma outra dúvida sobre o assunto? Quer fazer uma pergunta ou até mesmo desabafar? Mande um e-mail para capricho@abril.com.br e lembre: #NãoÉSuaCulpa!

Publicidade