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Principal programa de proteção à mulher enfrenta corte de verba do governo

Damares Alves disse que verba do seu Ministério é "pequetita" e que pretende reformular a iniciativa.

Por Isabella Otto Atualizado em 5 fev 2020, 14h00 - Publicado em 5 fev 2020, 13h00

A Casa da Mulher Brasileira, criada em 2015 no governo de Dilma Rousseff, é um dos principais programas de proteção à mulher brasileira vítima de agressões físicas e psicológicas por conhecidos ou desconhecidos. Ele, contudo, foi por ora paralisado pelo governo atual, que “zerou” os repasses de verba para a iniciativa, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo.

Reprodução/Reprodução

A Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, coloca a culpa da decisão no orçamento de seu Ministério que, segundo ela, é “pequetitico”. Ela também disse que o programa do jeito que é foi descontinuado também por falta de um acordo entre o governo e a Caixa Econômica Federal. Ela afirma que pretende reformular o projeto.

De início, a ideia da Casa da Mulher Brasileira era construir uma unidade de apoio às vítimas de violência em cada Estado do país. Atualmente, apenas cinco estão funcionando. “Manter a Casa da Mulher (Brasileira) pelo ministério é impossível”, garantiu a ministra, que pretende mudar o nome do programa e usar como alternativa espaços já existentes para a implementação do projeto em 25 municípios. Na pasta do Ministério, Brasília foi incluída nessa reestruturação, só que ela já conta com uma Casa da Mulher vigente.

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Nos últimos quatro anos, entre 2015 e 2019, a verba da Secretaria da Mulher foi reduzida de R$ 119 milhões para R$ 5,3 milhões. O governo atual é o que mais reduziu gastos com programas e campanhas de proteção à mulher brasileira. Em entrevista concedida à Gazeta do Povo, em 2019, Damares, já em meio a polêmicas, negou que as verbas haviam tido totalmente cortadas. Ela disse que a ideia era reformular o projeto e transformar toda a delegacia também em uma delegacia da mulher. Na época, ela disse que tudo se concentrava muito em Brasília. Na pasta mais recente, divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, Brasília ainda receberia foco na reformulação.

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