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Menina de 10 anos vítima de estupro vai entrar em programa de proteção

A criança, estuprada pelo tio desde os 6 anos, deve pedir nova identidade e mudar de endereço

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 23 ago 2020, 11h59 - Publicado em 20 ago 2020, 16h36

Nesta quinta-feira (20/8), a menina de 10 anos que engravidou após ser estuprada pelo tio aceitou entrar para um programa de proteção à vítimas de violência. A família da criança, violentada desde os 6 anos, foi convidada ontem (19), para participar de dois programas da Secretária de Direitos Humanos do Espírito Santo.

Ricardo Bacili / EyeEm/Getty Images

A garota foi chamada para o Programa de Apoio e Proteção às Testemunhas, Vítimas e Familiares de Vítimas da Violência (Provita) e o Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM). “Os dois são programas sigilosos, sendo assim, informações acerca da criança e de sua família não serão informadas”, disse a Secretária em nota.

A menina deve entrar no Provita, que tem duração de dois anos, mas pode ser renovado por mais dois. De acordo com o Universa, a família da criança decidiu que ela mudará de nome e não vai mais retornar para São Mateus.

A menina interrompeu a gravidez resultada de um estupro no último domingo (16), em Recife, e teve alta na quarta-feira. Como anteriormente a garota havia sido alvo de ataques de manifestantes antiaborto, para que ela pudesse sair do hospital foi montado um esquema especial de segurança.

Na terça-feira, o hospital disse que a criança passava bem e poderia ter alta, entretanto não informou a data nem o destino para o qual iria. Enquanto ainda estava no centro médico, foi presentada com brinquedos, caixas de lápis e ursos de pelúcia.

Como a mãe da menina de 10 anos faleceu e o pai está preso, atualmente ela mora com a avó, que trabalha como ambulante.

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