‘Mais feminina que nunca!’, declara garota que assume visual com barba desde os 16 anos

Jovem sofre da Síndrome do Ovário Policístico e demorou para aceitar tal condição. Hoje, ela segue na luta contra o bullying.

Por Da Redação Atualizado em 4 nov 2024, 15h45 - Publicado em 19 mar 2015, 10h34

O excesso de pelos no rosto e no corpo, de acne e a queda acentuada de cabelo podem ser alguns sinais característicos da Síndrome do Ovário Policístico, um distúrbio hormonal muito comum em mulheres. É claro que esses sinais podem se apresentar em diferentes estágios. Quanto mais elevados forem os níveis de hormônios masculinos no corpo da garota, mais os tais pelinhos podem aparecer (e chatear).

Foi o que aconteceu com a jovem Harnaam Kaur, de 23 anos, que vive em Berkshire, um condado ao sudeste da Inglaterra. O aparecimento dos pelos começou a incomodar Harnaam na adolescência, quando ela percebeu que as suas amigas os tinham em menor quantidade. Depois de muito lutar contra seu maior pesadelo, a inglesa decidiu, simplesmente, deixar os pelos crescerem. Na época, ela tinha 16 anos. Uma atitude difícil para uma garota no auge da adolescência!

“Eu comecei a deixar minha barba crescer por motivos religiosos (Harnaam segue a religião Sikh, que proíbe o corte de pelos e cabelo), mas, com os anos, eu comecei a ter barba por motivos pessoais. Ela faz com que eu me sinta corajosa, uma mulher confiante que não tem medo de ser julgada pela sociedade “, declarou a jovem professora em entrevista ao jornal britânico Daily Mail .

É claro que a jornada não foi e não é fácil. Vira e mexe, Harnaam entra em banheiros femininos e é alertada pelas mulheres, que acham que ela errou de porta; e aí ela tem que explicar que não é nada disso. A adolescência da inglesa também não foi nada fácil. Ela chegou a se automutilar diversas vezes e até a tentar o suicídio, por sofrer bullying na escola, nas ruas, na vida. ” Eu não acredito que tenhamos que ter determinada aparência para ser rotulada como uma mulher “, desabafa a professora, que luta diariamente contra o preconceito e está trabalhando em um documentário antibullying sobre a sua vida. “Me sinto mais feminina que nunca!”, afirma.

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