Luisa Mell é acusada de mentir para se promover na causa animal
Nas redes sociais, a ativista foi também acusada de intolerância religiosa, após dar a entender que resgatou um filhotinho de uma "magia negra"
Na noite da última quinta-feira, 24, a ativista Luisa Mell compartilhou em seu Instagram uma publicação polêmica, em que dá a entender que uma cachorrinha teve suas duas patas traseiras amputadas durante um “sacrifício animal” de cunho religioso. “Não tenho palavras, só choro. Em nome de uma religião, de uma crença, em um ritual, esse filhotinho teve as duas patinhas de trás e as orelhas cortadas, lentamente. Conseguimos fazer seu resgate antes de seu ‘sacrifício final’ e ele está conosco agora. Não entendo por que ele tem que pagar com seu corpo, com seu sofrimento, a crença alheia”, escreveu na rede social.
A legenda foi interpretada como uma forma de intolerância religiosa por muitos internautas, que disseram que a ativista deveria tomar mais cuidado com suas palavras, já que atinge muitas pessoas e pode incitar o preconceito contra certas religiões com declarações do tipo, fazendo pessoas tirarem conclusões muitas vezes errôneas.
A história se tornou ainda mais nebulosa quando o print do comentário de uma usuária do Facebook chamada Ana Lucia Mendes Coelho viralizou no Twitter. Ele traz a suposta mensagem da mulher dizendo que Luisa estaria mentindo sobre o caso e aumentando alguns pontos para se promover. “Você é cômica e uma sensacionalista(…) Em primeiro lugar, é uma fêmea e estava em tratamento em uma clínica veterinária após ter sido atropelada(…) Eu presenciei o atendimento dessa cachorrinha(…) Sou veterinária e fizemos um corpo clínico para esse caso”, teria escrito a moça.
Em resposta, a ativista postou um outro print nos Stories, trazendo o e-mail que teria recebido de uma pessoa chamada Cassia Monteiro pedindo ajuda para a cadelinha que estaria sofrendo na mão do dono que era adepto de “sacrifícios animais”.
No Twitter, o assunto gerou discussão, dividindo as pessoas entre as que acham que a ativista se posicionou de forma errada, sendo intolerante com algumas religiões, mesmo que não tenha falado abertamente quais, e entre as que acham que o cancelamento é injusto, pois Mell já fez muito por muitos bichinhos:
https://twitter.com/Leoni_a_jato/status/1187717362608496640
https://twitter.com/bicmuller/status/1187727503579848708
A questão é que não param de aparecer prints de pessoas “especializadas” que ou entendem do assunto ou presenciaram o resgate. A veterinária da Luisa Mell teria se pronunciado, mas há quem diga que não acredita, pois pode muito bem ter sido manipulada pela ativista. Entretanto, há quem acredite que Luisa não foi preconceituosa em seu posicionamento ou só falou verdades.
Com certeza, a história em questão ainda terá muitos desdobramentos. Na manhã desta sexta-feira, 25, Luisa compartilhou uma nova postagem, com um vídeo reforçando que a cachorrinha foi vítima de “magia negra”. “Por causa de uma pessoa que diz que essa cachorra foi atropelada, dezenas de pessoas estão tentando destruir nosso sério e importante trabalho! Peço que essa pessoa que diz ser a veterinária responsável pelo caso que se apresente com nome e telefone, para que possamos confrontar as informações. Como podem ver, a cachorra está conosco! E, sim, foi vitima de crueldade e não de atropelamento”, escreveu, sem se pronunciar, no entanto, sobre as acusações de intolerância religiosa.
Vale lembrar que, no início do ano, a ativista já havia sido alvo de críticas ao se pronunciar contra a Umbanda, dizendo que a religião “mata e destrói vidas” de animais. Na época, muitos usuários afirmaram que, apesar de fofa e de fazer um trabalho importante, “Luisa Mell precisa sair da sua bolha branca rica privilegiada com urgência”.