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Laura Müller fala sobre o lado psicológico da primeira vez

"Além da sexualidade, tem outras tarefas muito complexas para alguém que ainda está em formação", esclarece Laura Muller, psicóloga e educadora sexual.

Por Amanda Oliveira Atualizado em 2 out 2017, 12h59 - Publicado em 2 out 2017, 12h59

Infelizmente, sexo ainda é tratado como um tabu na nossa sociedade. É bem difícil encontrar pessoas que se sintam confortáveis o bastante para falar sobre isso sem nenhum constrangimento. E, às vezes, ter a primeira relação costuma ser uma tarefa muito complicada de lidar para algumas pessoas que estão iniciando a vida sexual. Mas sabia que tem uma razão para esse fato ser tratado como um bicho sete cabeças?

The First Time/Reprodução

Em um evento organizado em São Paulo pela Bayer, na última terça-feira, 26, a psicóloga e educadora sexual Laura Müller contou para a CAPRICHO os aspectos psicológicos que normalmente podem influenciar os adolescentes na hora de perder a virgindade. Segundo ela, são quatro eixos que causam preocupação nesse momento tão importante: uma gravidez fora de hora, os riscos das DSTs, a prática do sexo em si (incluindo o afeto e prazer) e a grande diversidade sexual.

Além disso, existem mais outros três dilemas importantes que acompanham a vida juvenil: o sexual, existencial e profissional. Essa divisão ocorre porque o ser humano é visto como biopsicossocial (corpo, mente, meio social). “Ou seja, além da sexualidade, tem outras tarefas muito complexas para alguém que ainda está em formação”, diz Laura Müller. Talvez seja por isso que a adolescência seja uma fase tão complicada, né? É a época em que estamos vivendo uma transição repleta de mudanças repentinas. Novas responsabilidades e um futuro inteiro se aproximando podem ser causadores de um grande estresse.

Reprodução/Reprodução

Laura afirma que é, de fato, muita coisa para trabalhar tendo tão pouca idade. “Todos esses dilemas são levados pra cama também”, explica. Por conta de todos esses conflitos, ela comenta que é preciso sempre repassar e insistir nas informações sobre precaução nas relações sexuais para que os jovens tenham mais consciência do assunto.

É claro que também sempre tem toda aquela insegurança e medo que costuma aparecer na hora H e a gente sabe bem disso. Mas o segredo é respirar fundo, manter a confiança e só fazer alguma coisa quando sentir que está realmente pronta. E, o mais indispensável de tudo, usar sempre preservativo!

 

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