Continua após publicidade

Família diferente: “Tenho duas mães e sou superfeliz”

Já faz um tempo que a família deixou de ser sinônimo de pai e mãe morando juntos. Hoje, tem até menina que mora com duas mães!

Por Da Redação Atualizado em 25 ago 2016, 00h01 - Publicado em 17 dez 2015, 19h15

Segundo a última pesquisa do IBGE, o número de divórcios só aumenta no Brasil (de 2005 para 2006, ele cresceu quase 10%). Ou seja, há cada vez mais meninas que são filhas de pais que não estão mais juntos. E que podem se casar novamente e ter filhos com outras pessoas.

Também há muita menina que mora sozinha ou com outro familiar, tipo uma tia ou avó, porque os pais se separaram. A verdade é que, atualmente, existem tantos novos jeitos de se formar a boa e velha família que nem os especialistas encontram nomes para todos os tipos de parentes que surgem dia após dia.

Se a sua família não é a tradicional, saiba que isso é totalmente normal. E que tem muita garota que vive a mesma situação que você.

“Tenho duas mães e sou superfeliz”

“As pessoas fazem muito drama quando imaginam a vida de um filho de pais gays. Para mim, sempre foi normal ter duas mães, mas admito que sou discreta. Tenho certo medo de como as pessoas vão lidar com o fato de eu ter uma família assim. Quando faço uma nova amizade, espero o momento certo de contar sobre ela. Na minha família, uma mãe sempre brigou e cobrou mais, enquanto a outra tinha mais paciência. Nunca senti falta de ter um pai.”

Deborah Lemos, 18 anos

“Eu e minha mãe somos as Gilmore Girls”

“Minha mãe é minha melhor amiga. Ela se separou do meu pai quando estava grávida e eu nunca tive muito contato com ele. Ou seja, minha mãe também é meu pai. Já brigamos muito quando eu era menor, mas isso não rola mais.

Continua após a publicidade

Eu tenho muito orgulho da minha mãe e quero ser como ela quando crescer: uma mulher de opinião e atitude, boa profissional e que sabe ser divertida. Logo vamos sair juntas para a balada!”

Isadora Pereira Campos, 14 anos

“Minha família é uma confusão!”

“Meus pais se separaram quando eu tinha 5 anos e eu fui morar com meus avós. Anos depois, meu pai conheceu a Ana, minha madrasta. Em 2006, eu e meus irmãos mudamos para a casa do meu pai, onde já morava o Gabriel, filho da Ana.

Além disso, tem a caçulinha Rebecca, 3 anos, que é filha dos dois. Como eu já conhecia o Gabriel, nos demos bem logo de cara. A Ana é como se fosse minha mãe, está sempre por perto e me ajuda.”

Fernanda Maravalhas, 16 anos

Continua após a publicidade

“Quis morar com o meu pai”

“Quando meus pais se separaram, me mudei para Vitória com minha mãe, mas não me adaptei. Preferi viver com meu pai em Brasília. Morando com ele, estou aprendendo a ser mais responsável. Fico mais tempo sozinha em casa e tenho que me virar. Às vezes, tenho que lembrá-lo de me levar ao médico. O mais difícil é comprar roupas! Como ele não tem paciência, vou ao shopping com minhas amigas.”

Rebecca Albuquerque, 18 anos

“Meus pais de verdade são meus avós”

“Eu não tinha nem 1 ano quando meus pais se separaram e eu e a minha mãe fomos para a casa dos meus avós. Depois de 14 anos, meus pais resolveram se casar novamente e eu tentei morar com eles, mas não rolou. Acabei voltando para casa dos meus avós e foi a melhor decisão que tomei.

Às vezes, a diferença de idade atrapalha: minha avó não deixa meu namorado entrar no quarto. Ela assume que é quadrada, e eu entendo que as coisas não eram assim no tempo dela.”

Rayssa Galvão, 18 anos

Continua após a publicidade

Como lidar com uma família diferente?

1. Esclareça todas as questões

Combine com seus pais quem deve ser consultado na hora de ir a uma balada. O pai? O padrasto? O que sua madrasta decidir está valendo? Assim, você não se complica e evita rolos até entre eles.

2. Tenha calma

Pode ser que seus amigos achem a sua família estranha. Quando se sentir segura, convide-os para ir à sua casa. Ao ver que sua rotina é como a deles, as neuras da sua turma vão acabar.

3. Seja tolerante

Se a tia com quem você mora não sabe o que é iPod ou orkut, explique o que são essas coisas. Isso só vai aproximá-las.

4. Converse sempre

Para você, pode ser normal não ter hora para jantar, mas o seu padrasto pode curtir comer num determinado horário. Com di��logo, não há como não chegar a uma solução que seja boa para todos.

5. Seja amável

Não grite com seu meio-irmão porque ele não tampou a pasta de dente. Um pedido educado será mais bem recebido, acredite.

Continua após a publicidade

6. Respeite seus meio parentes

Você não precisa gostar de sua madrasta como se fosse sua mãe. Mas saiba que, se mora com ela, é preciso tratá-la bem. E faça a sua parte para evitar atritos: se vai sair, avise aonde vai e a que horas vai voltar. Afinal, de certa forma, sua madrasta é responsável por você também.

Publicidade