Facebook é denunciado por discriminar mulheres em vagas de emprego

Suspeita-se de que a empresa tenha utilizado ferramentas para excluir mulheres do processo seletivo

Por Amanda Oliveira Atualizado em 31 out 2024, 10h13 - Publicado em 20 set 2018, 15h00

Uma acusação de sexismo em anúncios de emprego do Facebook está sendo investigada nos Estados Unidos. Segundo a ação, a empresa teria usado ferramentas para filtrar os anúncios de vagas, de forma que apenas homens jovens pudessem ter a oportunidade de se candidatar.

iStock/Reprodução

O protocolo da ação foi feito por três mulheres que entraram em contato com a Comissão de Igualdade de Oportunidades e Emprego, dos Estados Unidos. De acordo com elas, o Facebook impedia mulheres de ver os anúncios de emprego das “áreas consideradas tipicamente masculinas”, como construção, programação de softwares e transporte. Homens com faixa etária mais velha também foram excluídos.

A queixa foi preenchida pela American Civil Liberties Union (ACLU), com base na violação de direitos civis federais. Nos Estados Unidos, uma lei proíbe empresas de divulgar anúncios ou contratar pessoas com base em critérios de gênero e idade. “Ativado por plataformas de mídia social como Facebook, os anunciantes estão usando cada vez mais dados pessoais dos usuários para direcionar seus anúncios – incluindo empregos – para usuários individuais, com base em características como sexo, raça e idade, impedindo que usuários fora dos grupos selecionados saibam sobre essas oportunidades”, a organização escreveu em uma publicação em seu blog.

Outras nove empresas também usaram as mesmas ferramentas para direcionar seus anúncios de emprego e estão sendo investigadas na ação. Em um comunicado à CNNMoney, o Facebook negou que haja discriminação na empresa. “Está estritamente proibida em nossas políticas e, no último ano, reforçamos nosso sistema para evitar qualquer equívoco”, disse o porta-voz Joe Osborne.

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A investigação, contudo, segue em busca de respostas. E uma punição, assim esperamos.

 

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