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Diário de Gravidez: ‘eu tinha muita vontade de ser mãe jovem’

Aos 19 anos, Beatriz Simon descobriu que estava grávida

Por Isabella Otto Atualizado em 22 abr 2018, 20h37 - Publicado em 22 abr 2018, 20h37

Era por volta das 23h quando Beatriz Simon sentiu uma vontade louca de comer pepino. Ela foi até a cozinha, abriu a geladeira, pegou o fruto, picou, temperou e comeu. Tudo isso antes de dormir. Curioso, não? Na época, ela também achou. Além disso, Bea estava com a menstruação atrasada. “Meu corrimento também estava diferente e sentia muito enjoo”, conta a adolescente à CAPRICHO. Aos 19 anos, a garota descobriu que estava grávida de seu primeiro filho e conta como foi esse processo de (re)descobertas.

 

Reprodução/Reprodução

Quando desconfiou de que poderia estar grávida, foi até a farmácia com a cunhada e comprou um teste de gravidez. Positivo. O próximo passo seria contar para os pais, certo? Mas Bea estava meio que brigada com a mãe. Passado um tempo da descoberta, ela estava na casa do namorado quando a mãe ligou. “Ela queria saber se estava tudo bem. Acho que foi pura intuição”, aposta. Foi então que ela resolveu abrir o jogo e contar para a mãe sobre a gravidez. Como o pai estava ao lado da mãe durante o telefonema, ficou sabendo da novidade na mesma hora. “No começo, demorou um pouco para cair a ficha, mas uns dias depois eles já estavam me apoiando e hoje me ajudam em absolutamente tudo. Eles não veem a hora do nosso menino chegar!”, admite.

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Mas se a gravidez foi uma surpresa para a família, não foi uma surpresa tão grande para Beatriz e Thiago, seu namorado. A jovem conta que os dois não estavam usando preservativo. “Eu tinha muuita vontade de ser mãe jovem e meu namorado, que é mais velho, também tinha muita vontade de ser pai. A gente não se prevenia, então posso dizer que a gravidez foi mais ou menos planejada. A gente já esperava que poderia acontecer”, conta.

Thiago é o primeiro namorado da Beatriz. “Até então, eu nunca tinha me apaixonado de uma maneira tão forte assim! Nós nos damos muito bem e temos muitas coisas em comum. Acho que por isso que foi mais fácil para os dois. Ele reagiu muito bem à notícia. Era o sonho da vida dele ter um filho”, fala a futura mãe. Segundo dados retirados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos, realizado pelo Ministério da Saúde em 2017, a taxa de natalidade no Brasil é de 71 em cada mil garotas entre 15 e 19 anos. A taxa do Afeganistão é de 90 em cada mil. Lembrando que o país de cultura muçulmana tem altos índices de estupro e de casamento infantil.

 

A gravidez na adolescência transforma a vida da menina. Na maioria dos casos, ela não é planejada. Beatriz faz parte de uma parcela pequena que tem consciência das consequências de suas escolhas (no caso, de não usar preservativo nem métodos anticoncepcionais) e que tem o apoio da família. Bea tem sorte.

“Mudei meus hábitos alimentares e minhas horas de sono aumentaram. Nos primeiros meses, senti muitos enjoos e vômitos. Mas depois do quarto mês, eles diminuíram. Não estou saindo como eu saía antes, não posso carregar peso, não posso tomar qualquer remédio, tenho que ir à ginecologista uma vez por mês e fazer exames de ultrassom”, conta.

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Os próximos passos de Beatriz é escolher o nome do bebê e tomar uma decisão sobre como será o parto. Boa sorte, Bea!

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