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Júlio Cocielo vira réu na Justiça por racismo e passa a responder processo

Juíza acatou denúncia do Ministério Público sobre publicações racistas que Júlio Cocielo postou no Twitter entre 2011 e 2018

Por Isabella Otto Atualizado em 16 set 2020, 09h47 - Publicado em 15 set 2020, 13h02

Nesta terça-feira (15/9), a juíza Cecilia Pinheiro da Fonseca, da 3ª Vara Criminal de São Paulo, acatou a denúncia do Ministério Público sobre as declarações racistas que Júlio Cocielo, de 27 anos, fez nas redes sociais entre os anos de 2011 e 2018. Com isso, o youtuber se torna réu na Justiça de São Paulo. Caso condenado, a pena pode variar de dois a cinco anos de prisão.

Em uma das publicações, datada de novembro de 2013, Cocielo escreveu: “Nada contra negros, tirando a melanina”. Em dezembro do mesmo ano, publicou que “o Brasil seria mais lindo se não houvesse frescura com piadas racistas. Mas já que é proibido, a única solução é exterminar os negros”.

Durante a Copa do Mundo de Futebol Masculino de 2018, o youtuber voltou a fazer comentários de cunho racista, dessa vez sobre o jogador francês Mbappé. “[Ele] conseguiria fazer um arrastão top na praia, hein?”, postou no Twitter. O advogado de defesa de Júlio Cocielo, Maurício Bunazar, garante que o Ministério Público distorceu os fatos ao acusar o criador de conteúdo de racismo, conforme informações de Rogério Gentile, colunista do UOL.

Atualmente, Cocielo, que tem quase 7 milhões de inscritos em seu canal do YouTube e 14 milhões de seguidores no Instagram, responde uma ação civil pública de R$ 7,5 milhões também por racismo. A defesa dele diz que Júlio é afrodescendente, nascido na periferia e que “contar uma piada sobre negros não transforma um humorista em uma pessoa racista”.

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