As japonesas são vi-ci-a-das em celular!
Nossa enviada especial no Japão foi às ruas e descobriu que ter um celular potente por lá é muito importante para as garotas!
As adolescentes Yukina e Umemura são viciadas em acessórios e tranqueirinhas para celular
No metrô e nos trens, lá estão os aparelhinhos, nas mais variadas cores, modelos e acessórios. Tudo bem que ter um celular não é algo tão incomum assim. Mas o fato é que, no Japão, ser dono de um modelo com diversas funcionalidades – como ouvir música, captar fotos e vídeos, jogar, mandar mensagens e, sim, fazer ligações – é a coisa mais natural do mundo, quase uma obrigação!
As colegiais japonesas, por exemplo, não abrem mão de aparelhos com muitas ferramentas. Aqui o celular é usado o tempo inteiro para verificar os horários dos trens, ver TV e acessar internet . Por isso, praticamente todos os sites japoneses são adaptados para visualização na telinha dos telefones portáteis.
E embora os modelos pareçam de gosto, digamos, duvidoso para os padrões brasileiros, os celulares daqui praticamente revelam a personalidade de quem os usam. Se no Brasil os penduricalhos são relativamente discretos, os japoneses (inclusive adultos e idosos) revelam-se grandes admiradores de adesivos, chaveiros e tudo o que a imaginação mandar.
E o mais estranho é que, apesar da variedade de cores e modelos disponíveis nas lojas de eletrônicos, normalmente os celulares são grossos, grandes e verticalizados (ou quadradões mesmo!).
Com uma Hello Kitty e adesivos brilhantes colados em seu celular rosinha, Yukina, 14 anos, conta que não vive sem seu telefone. “Coloquei a Hello Kitty porque ela é bem popular aqui, além de ser uma gracinha e deixar meu aparelho mais bonito”, explica a estilosa Yukina. Ela diz que é meio descuidada com seu aparelho e por isso tem medo de estragá-lo. “Esse modelo não é tão grande quanto os outros, mas dá para fazer bom uso dele”, finaliza a japinha.
Troca anual
Obcecados em seguir as tendências da moda, os japoneses também trocam periodicamente de celular. E, embora o lançamento do iPhone tenha balançado o mercado, no Japão, a maioria ainda prefere os modelos tradicionais vendidos no país. Yuki Umemura, 17 anos, afirma que troca de aparelho pelo menos uma vez por ano.
O modelo que usa atualmente, lotado de adesivos brilhantes, era para ser branco. Ela diz que cola adesivos porque “está na moda, é fashion e bonito”. Yuki comprou o celular em julho de 2008, e já não vê a hora de trocar por um outro modelo.