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Você conhece a polêmica Tainá, a galáxia que nem deveria existir?

Ela não deveria existir, mas existe. Tipo aquele crush que só causa com a sua vida!

Por Marcela Bonafé 14 Maio 2017, 16h04

Recentemente, a internet voltou a falar sobre uma galáxia que foi descoberta lá no final de 2015. Apelidada carinhosamente de Tainá, que significa “recém-nascida” em aimará (idioma dos povos andinos), ela não deveria existir, mas existe mesmo assim. Insistente, não? Parece alguém que a gente conhece… E foi justamente por isso que o assunto voltou à tona: um pessoal no Twitter diz se identificar com essa característica dela. (risos)

Mas, afinal, qual é o paradeiro dessa galáxia misteriosa e renegada? O que se sabe sobre ela até agora é muito pouco, já que, por estar tãããão distante de nós, fica invisível até para observatórios poderosos. Ela foi descoberta quando sua luz encontrou os telescópios Hubble e Spitzer. Para detectá-la, inclusive, foi preciso usar técnicas mais sofisticadas, como a lente gravitacional. 

O estudo por meio do qual descobriram Tainá foi feito no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), com apoio da Fapesp. Depois, foi publicado no The Astrophysical Journal e só então começou a intrigar muitos estudiosos. A questão é que não tem uma explicação científica para a existência dessa galáxia, pelo menos não diante de tudo o que conhecemos hoje.

Sabe-se que Tainá tem 13,3 bilhões de anos. Ou seja, nasceu quando o Universo tinha só 400 milhões de anos (após o Big Bang) – o que era pouquíssimo tempo para já ter uma galáxia tão bem formada como ela! De acordo com o site da Fapesp, ela é “repleta de estrelas gigantes azuis muito jovens e brilhantes, prontas para explodirem em formidáveis supernovas para virar buraco negro”.

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A única teoria que existe até o momento para a existência da Tainá, então, gira em torno da matéria escura que compõe cerca de 80% do Universo. Só que justamente por ela ser escura – e, portanto, invisível – não é possível conhecê-la nem mesmo com a tecnologia atual mais avançada. Os cientistas sabem apenas que ela tem um efeito sobre a matéria luminosa. Eita!

Então, possivelmente, o que teria acontecido é o seguinte: depois do Big Bang, existia muito mais matéria escura do que pensávamos, o que teria acelerado o movimento de aglomeração de estrelas para a formação das primeiras galáxias, como a Tainá!

Então, basicamente, a origem de uma galáxia que não deveria existir está associada a uma matéria que nós, humanos, desconhecemos. Assim fica difícil, né? De qualquer forma, a Tá (já estamos íntimas!), com todo o seu mistério, certamente tem instigado cientistas a explorarem ainda mais esse Universo tão desconhecido.

Estudiosos já estão trabalhando, inclusive, em tecnologias melhores para estudarem não apenas a Tainá, mas outras galáxias ~desconhecidas~. A esperança é que isso seja possível em 2018, com o lançamento do telescópio espacial James Webb, sucessor do Hubble, que está em órbita atualmente.

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Se a galáxia deveria ou não existir, tanto faz. O que importa é que ela está lá, linda e bem desenvolvida.Tipo a gente! 😛

 

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