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O lado bom de ‘virar modinha’ existe e aqui está a prova!

Você acha que parte do elenco de 13 Reasons Why teria vindo para o Brasil se o seriado não tivesse ~virado moda~?

Por Isabella Otto 20 Maio 2017, 16h34

“Caramba! Lá vem chuva de fangirls!”. Toda vez que uma pessoa comenta em uma matéria, um post ou um tweet com essa frase, um unicórnio fofinho e colorido do mundo fantástico da nossa imaginação vai perdendo aos pouquinhos a cor. Ser fangirl não é um problema. Ter “chuva de fangirls” em uma matéria também não. Uma saga, uma série, um livro, uma banda ou uma pessoa virar modinha não é triste. Como assim? Calma, a gente vai chegar lá.

Há anos escuto pessoas comentando negativamente sobre algo que virou moda na web, mas você já parou para pensar que o One Direction, por exemplo, não teria vindo para o Brasil caso a banda não tivesse ~virado modinha~? E, nesse caso, muitas de nós não teríamos tido a chance de ver o grupo se apresentando ao vivo e em sua formação completa. O mesmo teria acontecido com os Jonas Brothers, com a Demi Lovato, o Zac Efron, o Fifth Harmony, o elenco de 13 Reasons Why

O lado bom de ~virar modinha~existe e aqui está a prova!
Reprodução/Reprodução

A questão é simples – e se você se recusa a enxergar isso, é porque, realmente, só usa a expressão “que droga, isso vai virar modinha” por puro modismo. É a lógica da Lei da Oferta e Procura. “O preço de algo é determinado pelo próprio consumidor, pois quando esses passam a buscar mais um produto qualquer, o produtor eleva o seu preço, fazendo com que o consumidor pague mais se deseja adquirir o mesmo. Em contrapartida, quando um produto não é mais procurado o produtor é estimulado a deixar de produzi-lo para que não tenha despesas em relação à oferta sem demanda”, explica Gabriela Cabral em uma matéria bastante didática publicada no site Brasil Escola.

Para facilitar, vamos trazer a Lei da Oferta e Procura para a realidade em questão: se o Harry, o Liam, o Louis, o Niall e o Zayn não tivessem tido grande procura no Brasil, muito provavelmente a oferta de um show do quinteto – quando ele ainda existia – no país não teria acontecido. No caso, como a procura foi enorme, a passagem da banda pelo Brasil, em maio de 2014, com a Where We Are Tour, contou não uma, mas com três apresentações! Logo, se a banda não tivesse “virado modinha”, provavelmente ainda estaríamos esperando que eles viessem para cá. E, bem, hoje isso seria bastante complicado…

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Reprodução/Reprodução

Olhando por esse lado, me parece que ficar brava por um ídolo virar modinha não é uma coisa muito inteligente. Isso não vai te classificar como “menos fã de tal pessoa/coisa”. Isso não vai tirar o seu mérito por ter descoberto aquela preciosidade antes de todo mundo. Isso não vai te afetar caso haters/posers/FCs surjam do céu, da terra ou do outro lado da tela. Você é fã e, antes de tudo, deveria ficar feliz por seu ídolo ser reconhecido por outras pessoas e/ou por revistas, sites e jornais, por mais que tudo isso cause uma avalanche fangirling.

Além de tudo, eu, que sou uma repórter muuuito fã, sempre quis ver meus ídolos de pertinho – mesmo que lááá longe, da arquibancada superior D, por exemplo. Por isso, eu não ficava triste por vê-los ~virando modinha~. Porque essa modinha, muito provavelmente, em algum momento, traria eles para o Brasil. Não é que eu não entenda o sentimento. Eu sei como é “ser fã antes de todo mundo” e ver uma “chuva de fangirls” declarando amor eterno àquela pessoa que conheceram há cinco minutos. Incomoda um pouco mesmo. Parece que gostar daquela pessoa já não é mais tão cool, tão novo. Mas é sério que vamos deixar um status sobrepor-se a tudo aquilo de positivo que tal modismo pode trazer?

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Quem disse que só pode ser fã quem realmente acompanhou determinado artista desde o começo? Quem disse que só é fã de verdade quem tem todos os álbuns, DVDs, revistas, bonecos, cadernos e tudo mais da coleção? Sinceramente, isso requer uma grana que nem todo mundo tem. Só por isso a pessoa passar a ser taxada – numa classificação totalmente lúdica, vamos deixar claro – como uma fã menor, uma poser, uma fã “pós-modinha”? Se você ama verdadeiramente aquela pessoa e o trabalho que ela faz, acredite: a “modinha” não diminui, só soma – e ainda aumenta a chance de seus ídolos virem para o seu país!

 

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