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“Não é fácil, mas continuamos na luta contra o câncer de mama”

No mês que em que se promove a prevenção da doença, Marcella Lima contou à CAPRICHO como está ajudando a mãe a enfrentar o câncer

Por Da Redação Atualizado em 18 out 2016, 20h18 - Publicado em 18 out 2016, 18h33

Outubro é o mês dedicado à conscientização entre as mulheres sobre a importância da prevenção do câncer de mama. O movimento começou nos Estados Unidos, por volta de 1990 e, desde então, acontece anualmente em diversos países.

O câncer de mama é o segundo mais frequente no mundo, ficando atrás apenas do de pulmão. O instituto Nacional de Câncer estima que, para 2015, sejam diagnosticados mais de 57 mil novos casos de câncer de mama no Brasil, sendo a primeira causa de morte entre as mulheres. Pensando nisso, as revistas femininas da Editora Abril, nesse mês, uniram suas forças pela prevenção do câncer de mama e trouxeram famosas, como Juliana Paes, Paolla Oliveira e Fernanda Souza, em suas capas apoiando à campanha.

Esse foi o caso da mãe da Marcella Lima, que descobriu que estava com câncer de mama quando ela tinha 12 anos de idade. “Na época eu não sabia muito bem o que estava acontecendo. Eu não lembro de ver minha mãe chorar. Acho que ela preferia me privar de ver todo aquele sofrimento. O cabelo não caiu, então, não teria mesmo como eu ter percebido. Se não fossem as visitas constantes da minha avó, mãe dela, eu sequer teria percebido que ela estava doente. Eu entendia que algo estava rolando, mas não sabia o nome, a gravidade e tampouco a influência que isso tinha na vida dela. Eu passava o dia inteiro na escola, então não era difícil de esconder as longas sessões de quimioterapia e as várias visitas aos médicos”, conta a Marcella.

Nós só conseguimos acompanhar mais de perto depois que soubemos, já ao final do tratamento, da notícia de que ela seria submetida a uma cirurgia de retiradas de ambas as mamas. Só quando eu estava um pouco maior que fui compreender que tratava-se da mastectomia radical. Lembro-me de vê-la sentindo muita dor por conta dos vários pontos e toda a invasão médica em seu corpo. E, mesmo sob essas condições, ela sempre nos dizia que tudo iria passar e, por um curto período passou, passou”, conta.

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Em 2014, oito anos depois de tudo isso acontecer, veio uma surpresa: metástase do câncer da mama, ou seja, uma evolução da doença que ela teve, agora se manifestando no fígado. Eu estava totalmente imersa na situação e o sofrimento foi inevitável. Agora eu tinha medo, tristeza e angústia, porém não nos restou outra opção a não ser encarar a jornada da cura outra vez.”

A ocorrência do câncer de mama é considerada rara em mulheres com menos de 30 anos, mas você pode fazer a sua parte alertando as que estão aí pertinho de você. Com a realização cada vez mais frequente da mamografia, e também do autoexame, tem-se diagnosticado a doença em fases mais precoces, aumentando as chances de cura. Assim, você ajuda mulheres a se conscientizarem dessa prática que pode salvar muitas vidas.

“Se tem uma coisa que o câncer proporcionou de bom foi a proximidade com a minha mãe. A renovação do laço e o sentimento de companheirismo fazem nossos corações baterem no mesmo ritmo no caminho da cura. Hoje estou com 20 anos, compreendo bem melhor a situação e continuamos juntas na batalha. Ela, careca com um sorriso no rosto, e eu, com o coração cheio de esperança. Não é fácil, mas certamente, valerá a pena, porque sei que assim como eu, a vida também a espera de braços abertos!”

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