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Lady Gaga sobre ser mulher hoje: “Significa ser uma sobrevivente”

Cantora estampa a capa da edição de dezembro/janeiro da revista Harper's Bazaar

Por Da Redação 15 nov 2016, 19h45
(Rick Diamond/Getty Images for Bud Light)
(Rick Diamond/Getty Images for Bud Light)

Lady Gaga fez um texto emocionante para a edição de dezembro/janeiro da revista Harper’s Bazaar, de qual é capa. Ao invés de dar uma entrevista tradicional, Gaga fez um verdadeiro tratado de como é ser mulher atualmente.

Hoje, ser uma mulher significa ser uma lutadora. Significa ser uma sobrevivente. Significa ser vulnerável e reconhecer a sua vergonha ou sua tristeza ou sua raiva. É preciso muita força para fazer isso”, escreveu Gaga para a Harper’s Bazaar. “Antes de fazer Joanne, fiz uma pausa. Fiz música com Tony Bennett. Eu fiz Til It Happens to You com Diane Warren. Mas eu fui capaz de deixar de trabalhar tanto quanto eu fazia, o que era bastante abusivo para o meu corpo e minha mente, e ter algum silêncio e algum espaço.”

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Entre os temas abordados pela cantora no texto, claro que o álbum Joanne teve destaque, além de muitas críticas aos mundo dos famosos.

“Eu queria vivenciar a música de novo como eu fazia quando era mais jovem, quando eu precisava fazer isso, em vez de me preocupar com o que todo mundo pensa ou ficar obcecada com coisas que não são importantes”, explicou a cantoa. “A fama é a melhor droga que já existiu. Mas assim que você percebe quem você é e com o que você se importa, essa necessidade de ter mais, mais, mais simplesmente desaparece.”

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Ao falar de sua família, Laga Gaga destacou as mulheres fortes que sempre a inspiraram: a mãe, as avós e sua tia Joanne, que morreu antes de Gaga ser nascida.

“Joanne morreu com 19 anos. Eu dei o nome do meu CD de Joanne porque a presença dela sempre foi importante para mim. A melhor maneira de descrever meu relacionamento com ela é que é parecido com o relacionamento que alguém pode ter com um anjo ou um guia espiritual ou o que quer que você acredite ser um poder superior”, disse. “Joanne morreu de lúpus, uma doença autoimune, e pelo que sei da história da minha família, uma das razões pelas quais a doença pode ter piorado foi que ela foi agredida quando estava na faculdade. Ela foi violentada sexualmente e apalpada. Joanne faleceu em 1974, 12 anos antes de eu nascer, então eu aprendi sobre ela principalmente por histórias e fotos. Mas eu também aprendi sobre ela por meio da raiva de meu pai e vê-lo tomar um drinque todas as noites, e ao ver meus avós chorarem na mesa de jantar de Natal, quando ficou claro que havia um lugar vazio que eles queriam preencher.”

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Para finalizar, ela voltou a falar da família, com mais um depoimento emocionante e inspirador: “Vejo minha mãe e a maneira como ela amou meu pai através de sua dor, e eu vejo minhas avós e o que elas passaram – as três são como um trio de força. Saúde, felicidade, amor – essas são as coisas que estão no coração de uma grande mulher, eu acho. Esse é o tipo de mulher que eu quero ser. Sabe, eu nunca pensei que eu diria isso, mas não é hora de tirar os espartilhos? Como alguém que os ama, acho que é hora de tirá-los”.

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